O aumento das desigualdades de renda acirra ainda mais o conflito social. Entrevista especial com Marcelo Gomes Ribeiro

Os dados sobre a diminuição da renda das famílias nas regiões metropolitanas brasileiras revelam que o problema das desigualdades nessas áreas só piorou, diz o pesquisador

Por Patricia Fachin, no IHU

A queda da renda das famílias nas regiões metropolitanas de todo o país neste ano, em função dos efeitos da crise pandêmica, tem como consequência não só o aumento das desigualdades sociais, mas podem “acirrar ainda mais o conflito social existente na sociedade”. Isso porque “as pessoas e os grupos sociais, na perspectiva de manterem suas condições de vida, quando essas são adequadas, ou para alcançar patamares adequados de condições de vida, quando essas condições são insuficientes, reforçam a competividade entre eles, levando ao rompimento dos laços de integração social”, alerta Marcelo Gomes Ribeiro, pesquisador do Observatório das Metrópoles do Rio de Janeiro, à IHU On-Line.

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Laura Carvalho: “Auxílio emergencial foi ajuda significativa, mas seu fim deixará desigualdade como herança”

Em entrevista exclusiva à Pública, a economista e professora da FEA-USP explica por que a perspectiva de recuperação econômica do Brasil é ruim e defende um novo modelo que combine crescimento econômico com inclusão e sustentabilidade

Por Giulia Afiune, Agência Pública

O auxílio emergencial representou uma ajuda significativa para os brasileiros durante a pandemia e preveniu uma queda ainda maior no PIB do país, mas a falta de um plano de recuperação econômica é preocupante, e a volta ao nível de renda pré-crise pode levar até duas décadas. Esse é o panorama traçado por Laura Carvalho, economista e professora da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e autora do recém-lançado livro Curto-circuito: o vírus e a volta do Estado

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Ministério da Cidadania tem cinco dias para esclarecer ao MPF critérios na concessão do Bolsa Família nos estados

Pedido de informações foi feito diante de denúncia de que o Nordeste teria ficado com apenas 3% dos benefícios, embora concentre 36% das famílias pobres que aguardam na fila do Programa

O Ministério da Cidadania recebeu prazo de cinco dias para informar ao Ministério Público Federal (MPF) a quantidade de novos benefícios do Programa Bolsa Família concedidos, por estado, mês a mês, desde janeiro de 2019.

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‘Economizar’ no Bolsa Família é uma opção governamental de ampliar a exclusão de pessoas do programa. Entrevista especial com Tereza Campello

Segundo a ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, mais de 1,5 milhão de famílias deixaram de receber o benefício

Por: Por Patricia Fachin e Ricardo Machado, em IHU On-Line

O recuo na cobertura do Bolsa Família nos municípios mais pobres do país e o aumento das filas de espera para receber o benefício fazem parte de uma decisão política do governo Bolsonaro para “economizar”, diz Tereza Campello à IHU On-Line. “Não se trata apenas do aumento do número de famílias na fila; o governo está diminuindo o programa para economizar. Economizar no Bolsa Família é uma opção. Por isso a opção não é diminuir a fila, mas ampliá-la, excluindo pessoas diariamente do programa”, adverte. Segundo ela, a atual fila de espera é “sensível” porque as famílias que estão aguardando para receber o benefício já estão habilitadas. “Estamos falando de pessoas que entraram com a solicitação, seus dados já foram verificados e checados, e agora elas têm que receber, porque o benefício já foi reconhecido. Ou seja, a pessoa já atende aos critérios para recebê-lo”, explica.

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PFDC pede esclarecimentos ao Ministério da Cidadania sobre problemas no acesso ao Bolsa Família

Pasta terá cinco dias para informar se procedem informações de que um milhão de famílias estariam à espera de resposta do governo federal para ingresso no programa

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal, solicitou nessa quarta-feira (12), ao Ministério da Cidadania que informe as providências que estão sendo adotadas para assegurar que todo o público apto a acessar o programa Bolsa Família seja atendido. O prazo para a resposta é de cinco dias.

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