O golpe, a ditadura e o revisionismo acadêmico. Por Michel Goulart da Silva

O movimento revisionista não se dá no vazio, mas expressa debates políticos de fundo, em especial de quais setores seriam os protagonistas do golpe e quais seriam suas vítimas

No A Terra é Redonda

Nesta segunda-feira, 1º de abril, completam-se sessenta anos do golpe que derrubou o governo João Goulart em 1964. O processo, encabeçado pela cúpula militar e apoiado por empresários e outros setores sociais, abriu as portas para a ditadura que perseguiu e assassinou críticos e opositores até a década de 1980. Contudo, ainda que as ações dos golpistas e dos ditadores sejam bastante evidentes e conhecidas pela sociedade, sempre gerou polêmicas e interpretações, que vão muito além do mero negacionismo desprovido de conteúdo de Jair Bolsonaro e seus seguidores. Pelo contrário, mesmo no ambiente acadêmico, essas interpretações afetam até mesmo o trabalho dos historiadores. (mais…)

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Bernardo Mello Franco: “Toffoli viu o filme errado”

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Depois de chamar o golpe de 1964 de “movimento”, Dias Toffoli resolveu criticar a Argentina por julgar e punir os carrascos da ditadura militar. Na segunda-feira, o ministro do Supremo disse que o país vizinho “ficou preso no passado, na vingança, no ódio e olhando para trás, no retrovisor, sem conseguir se superar”.

“Nós não podemos nos deixar levar pelo que aconteceu na Argentina”, pontificou, em palestra a empresários brasileiros em Nova York. “Não vamos cair nessa situação em que infelizmente alguns vizinhos nossos caíram”, prosseguiu. (mais…)

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