MIR fortalece políticas para povos de terreiro e combate ao racismo religioso no Brasil

Ações incluem criação de política nacional, editais de apoio econômico e resposta emergencial a tragédias climáticas, além de iniciativas de combate ao racismo religioso

No MIR

O Ministério da Igualdade Racial (MIR), por meio da Diretoria de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e de Terreiros (DPTMAT), tem implementado uma série de ações para garantir os direitos dessas comunidades em todo o Brasil. Entre os projetos, destaca-se a Série Abre Caminhos pelo Brasil, que reuniu mais de 700 lideranças e pesquisadores para discutir os desafios enfrentados pelos povos de terreiro e mapear iniciativas já em prática. O encontro também ajudou a elaborar um diagnóstico sobre o racismo religioso no país.
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Terreiro de jarê é destruído pelo ICMBio e aguarda reparação na BA: “Dor no coração”

ICMBio reconheceu erro em demolição e apresentará plano de compensação; diretor de Lençóis aponta indícios de racismo

Por Ed Wanderley, Agência Pública

A porta azul que exibe o salmo 91 já não guarda o pequeno altar do terreiro de jarê do Peji Pedra Branca de Oxóssi, em Lençóis (BA), na mata do Vale do Curupati, a cerca de 420 km de Salvador. A construção se encontra parcialmente destruída e ainda abriga pequenas esculturas religiosas, incluindo uma Iemanjá agora decapitada e cabeças de carneiros, mas não vem recebendo celebrações de fé desde que servidores do Instituto Chico Mendes (ICMBio) iniciaram sua demolição, em 21 de julho. Os planos de reparação do ocorrido devem ser apresentados até o fim de agosto. (mais…)

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MPF denuncia duas pessoas por intolerância religiosa e furto contra o Centro Cultural Castelo Alto do Xangô (BA)

Um dos acusados é policial militar e, se for condenado, pode vir a perder o cargo

Ministério Público Federal na Bahia

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou dois homens, um deles um policial militar, por ataques ao Centro Cultural do Candomblé Castelo Alto do Xangô e à Sociedade Floresta Sagrada Alto do Xangô, entidades religiosas que detém a posse e funcionam na Fazenda Santa Inês, no município de Brumado, sudoeste da Bahia. Os dois são acusados de invadir e vandalizar áreas consideras sagradas por praticantes de religiões de matrizes africanas, emitir ofensas de cunho racista e ameaçar integrantes do grupo, além de roubar objetos, depois revendidos a terceiros. Se a denúncia for aceita pela Justiça, eles vão responder pelos crimes de furto qualificado, racismo por motivo de intolerância religiosa, crime ambiental e dano qualificado. (mais…)

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João Pessoa (PB) recebe 18º Encontro das Religiões dos Orixás neste sábado (8)

Evento debate políticas públicas e enfrentamento ao racismo a partir das 8h, no bairro Mangabeira

Brasil de Fato

A Federação Independente dos Cultos Afro-Brasileiros realizará, neste sábado (8), o 18º Encontro das Religiões dos Orixás (ERO), em João Pessoa (PB). O evento, que tem início previsto para as 8h, acontecerá no Ilê Axé Oju Ofá Dana-Dana, no bairro Mangabeira. (mais…)

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Como os terreiros enfrentaram a ditadura?

Análise do jogo duplo do regime. No Nordeste, a umbanda era perseguida. Templos, invadidos. E adeptos, torturados. Até um grupo de extermínio foi criado para reprimi-la. Mas, no eixo Rio-SP, ela era celebrada como expressão da “democracia racial”

por Ana Paula Mendes de Miranda e Leonardo Vieira Silva*, em Outras Palavras

São tantas lutas inglórias
São histórias que a história
Qualquer dia contará
Obscuros personagens
As passagens, as coragens
São sementes espalhadas nesse chão
(“Pequena Memória Para Um Tempo Sem Memória”, Gonzaguinha)

Muito já foi escrito sobre o papel de destaque da Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) na luta contra a repressão e defesa dos direitos humanos no enfrentamento à ditadura civil-militar[1], que teve relação direta com as mudanças nas diretrizes pastorais e teológicas internas e o progressivo endurecimento da ordem política e social após 1964. A proeminência do tema está diretamente relacionada ao seu protagonismo nacional à época. (mais…)

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Makotas de terreiros de Minas Gerais denunciam racismo religioso

As makotas são conselheiras das mães de santo e comentam violências contra povos de religiões de matriz africana

Ana Carolina Vasconcelos, Brasil de Fato

Desde o ano passado, o 21 de março é o Dia Nacional das Tradições de Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé. Mesmo com o reconhecimento da data, Makotas (conselheiras das mães de santo e responsáveis por cuidar dos terreiros) de Minas Gerais relatam que o cotidiano dos povos ainda é marcado pela discriminação e violências.

Dados do IBGE indicam que no Brasil existem aproximadamente 407 mil praticantes da umbanda, 167 mil do candomblé e 14 mil de outras religiões de matrizes africanas. Segundo um levantamento da startup JusRacial, em 2023, havia 176 mil processos por racismo em tramitação nos tribunais do país e um terço deles (33%) envolviam intolerância religiosa.

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