Análise do jogo duplo do regime. No Nordeste, a umbanda era perseguida. Templos, invadidos. E adeptos, torturados. Até um grupo de extermínio foi criado para reprimi-la. Mas, no eixo Rio-SP, ela era celebrada como expressão da “democracia racial”
por Ana Paula Mendes de Miranda e Leonardo Vieira Silva*, em Outras Palavras
São tantas lutas inglórias
São histórias que a história
Qualquer dia contará
Obscuros personagens
As passagens, as coragens
São sementes espalhadas nesse chão
(“Pequena Memória Para Um Tempo Sem Memória”, Gonzaguinha)
Muito já foi escrito sobre o papel de destaque da Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) na luta contra a repressão e defesa dos direitos humanos no enfrentamento à ditadura civil-militar[1], que teve relação direta com as mudanças nas diretrizes pastorais e teológicas internas e o progressivo endurecimento da ordem política e social após 1964. A proeminência do tema está diretamente relacionada ao seu protagonismo nacional à época. (mais…)
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