Legado olímpico debatido no lançamento do livro ‘Remoções de Favelas no Rio de Janeiro’

por Daiana Contini, em RioOnWatch

No dia 17 de abril, o Cidades: Núcleo de Pesquisa Urbana da UERJ, a editora Appris e o pesquisador Alexandre Magalhães organizaram o debate “O que restou do Rio Olímpico?” e o lançamento oficial do livro de Alexandre, “Remoções de Favelas no Rio de Janeiro: Entre Formas de Controle e Resistência”. Além de Alexandre, o debate do painel incluiu o professor de Direito da UERJ, Alexandre Mendes; Márcia Leite, professora de sociologia da UERJ; e Maria da Penha Macena, a Dona Penha, moradora da Vila Autódromo e um dos principais símbolos da resistência Olímpica na luta contra as remoções impulsionados pelos Jogos Olímpicos de 2016.

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PB – A comunidade do Porto do Capim e a sua luta

Uma história de abandono e resistência no centro da capital paraibana

Regina Célia Gonçalves*, Brasil de Fato

A comunidade do Porto do Capim, hoje formada por mais de 500 famílias, ocupa o local onde nasceu, em 1585, a cidade de João Pessoa, à margem direita do Rio Sanhauá, afluente do Rio Paraíba. Desde então, ali se localizava o porto comercial e os portos comunitários que ligavam as margens as ilhas do estuário. Em 1935, o porto comercial foi transferido para o município de Cabedelo devido ao assoreamento do rio Paraíba, provocado pela expansão descontrolada da atividade canavieira e pelo crescimento das cidades em suas margens. Iniciou-se, então, a decadência econômica da área, com as operações comerciais e financeiras, mudando-se para outros espaços. Enquanto isso, as instalações abandonadas deste antigo porto comercial foram sendo ocupadas, a partir dos anos 1940, por famílias de trabalhadores desempregados com o fim das atividades portuárias e das casas comerciais e de prestação de serviços. Elas se juntaram às de pescadores, marisqueiros, catadores de caranguejo e outros trabalhadores que já viviam ali, do rio e do mangue, desde que a cidade fora fundada no século XVI (herdeiros da cultura dos povos Potiguara).

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A violência contra a mulher no contexto das remoções, parte 4: o machismo institucional na cidade patriarcal

por Poliana Monteiro, em RioOnWatch

O despertencimento, isto é, o corte dos vínculos de pertencimento entre a população e o território, é uma ferramenta de controle territorial historicamente utilizada como tática para avançar processos de remoção ou espoliação. Desde a colonização a ocupação, demarcação e afirmação do controle físico e geográfico sobre o espaço configuram uma base material para um conjunto de relações sociais e espaciais intencionalmente desiguais. A dinâmica da fragmentação territorial, do acesso interditado e da expansão dos assentamentos é característica dessa ocupação colonial e também encontra ecos na produção do espaço urbano contemporâneo.

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Vila Autódromo Convida: Ocupação pela Renomeação de BRT e Cumprimento de Promessas da Prefeitura

por Maria Luiza Belo, em RioOnWatch

A comunidade Vila Autódromo está organizando para o dia 9 de fevereiro uma ocupação cultural na estação do BRT localizada em frente à comunidade. A ocupação surge como forma de reivindicação de duas demandas antigas: o cumprimento da totalidade do acordo firmado com a gestão municipal do Eduardo Paes em 2016 e a renomeação da estação de BRT “Centro Olímpico” para BRT “Vila Autódromo”. A ocupação está inserida em uma série de ocupações ao longo dos anos, que servem como ferramenta para dar visibilidade e reunir esforços e apoiadores em torno da luta pela permanência e reconhecimento simbólico da Vila Autódromo.

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A Violência Contra a Mulher no Contexto das Remoções no Rio de Janeiro, Parte 2: Violência como Política de Controle

por Poliana Monteiro, em RioOnWatch

Como mencionado na primeira matéria da série, o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) materializou-se mais fortemente na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, região que já contava com uma insuficiência de infraestrutura e serviços, e resultou em uma aguda ampliação do contingente populacional na área, que pressionou ainda mais a expansão urbana desordenada no local. Aliado a isso, a expansão do domínio das milícias amplia as graves consequências da ausência do estado democrático de direito, agravando a violência nessa região, e evidencia a parcialidade da associação entre violência e pobreza.

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Lutar e resistir: o drama das famílias atingidas por barragens com o anúncio de reintegração de posse

No município de Filadélfia, no Tocantins, 31 famílias da comunidade Barra do Grotão, atingidas pela Usina Hidrelétrica do Estreito, resistem a um novo conflito: uma reintegração de posse do território onde vivem há cerca de seis anos. Na imagem ao lado, as plantações dos/as integrantes da comunidade.

por MAB-TO / CPT

O município de  Filadélfia está a 512 km de Palmas, capital do Tocantins, com população estimada 8.937 (Dados estimados do Censo – 2010/2018). E Filadélfia faz parte dos doze municípios atingidos pela construção da Usina Hidrelétrica (UHE) do Estreito, no Maranhão – o responsável pela operação da Usina, o Consórcio Energético do Estreito (CESTE), está localizado no Rio Tocantins, na divisa dos estados do Maranhão e Tocantins. (mais…)

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Forças Armadas removem violentamente seis famílias na Favela Maracajás, desprezando inúmeras leis

por Tyler Strobl, em RioOnWatch

Este mês de novembro marcou a primeira remoção forçada no Rio de Janeiro desde a era pré-Olímpica, quando o Prefeito Eduardo Paes liderou a remoção de dezenas de milhares de famílias de suas casas. Na terça-feira, 13 de novembro, a Aeronáutica, a Polícia Militar Estadual e a Guarda Municipal trabalharam em conjunto para remover seis famílias da comunidade de Maracajás, na Ilha do Governador, próximo ao Aeroporto Internacional do Rio, na Zona Norte. A remoção ocorreu, aproximadamente, um ano depois que a comunidade enfrentou sua primeira grande ameaça de remoção, o que deixou os moradores em um estado de medo constante. (mais…)

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