Seca afeta navegação na Amazônia e faz rio Madeira ter baixa histórica

Dos 62 municípios amazonenses, 59 sofrem com a seca, e 13 decretaram estado de emergência. Em Rondônia, rio Madeira atingiu a cota de 1,44 metro.

ClimaInfo

Os barcos que abastecem o comércio local já não chegam mais a Benjamin Constant, município na região do Alto Solimões, no Amazonas. O rio Javari, afluente do Solimões, baixou tanto que as embarcações de carga não têm condições de navegabilidade. A solução é recorrer a embarcação de menor porte, chamada “canoão”, para levar alguns produtos, encarecendo o valor no mercado. (mais…)

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A sede dos homens e dos animais. Por Roberto Malvezzi (Gogó)*

As cisternas eliminaram a sede humana mortal do Nordeste. Mas circulam imagens de animais nas cidades, em busca de água e comida. Não nos esqueçamos deles, e lembremos: o modelo agrícola atual é devastador a todos os seres vivos

em Outras Palavras

Na longa experiência de vida aqui pelo Semiárido Brasileiro, sertão do Nordeste, sempre em equipe, vimos pessoalmente muita fome, sobretudo na década de 80. Ali, em Campo Alegre de Lourdes, na divisa com Piauí, na chamada seca de 79 a 83, nossos olhos viram a fome, a sede, as migrações, os saques, a mortalidade infantil e adulta, o sofrimento das mulheres para colocar uma lata de lama nos potes. Essa via-sacra era cotidiana e muitas vezes a água contaminada dos barreiros estava a uma légua – 6 km – distante de suas casas. Hoje, com as cisternas, as adutoras de porte pequeno e médio, com todas as políticas públicas, a sede mortal já não é mais um problema chave nesses fenômenos socioambientais macabros como naqueles tempos. (mais…)

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No sertão, a fome não vem da seca

Desmatamento e desmonte de políticas públicas remontam a um passado de escassez no semiárido nordestino, onde insegurança alimentar, queimadas e desertificação avançam a níveis recordes

Por Manuela Rached Pereira, especial para o Joio e o Trigo

Quem inventou a fome? “São os que comem”, atestou com propriedade Carolina Maria de Jesus (1914 – 1977), hoje considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras e, em seu tempo, sobrevivente da fome no Brasil. 

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Em meio à seca, governo Bolsonaro deixa à míngua programa de cisternas no Nordeste

ClimaInfo

Um dos projetos sociais mais celebrados do Brasil nas últimas décadas, o Programa Cisternas sofre com cortes no orçamento que causaram uma derrubada no número de instalações antisseca no sertão nordestino nos últimos anos. Isso acontece no pior momento possível, em meio à intensificação da seca e o avanço da desertificação em parte do Semiárido. Lucas Altino detalhou a situação n’O Globo: a estimativa de entrega de cisternas em 2021 é de apenas 3 mil, o menor número desde o começo do programa, em 2003.

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Bolsonaristas e grupos estrangeiros estão por trás da seca na Bacia do Rio Formoso, no Tocantins

Justiça manda suspender atividades de barragens de fazendas que tiram água dos rios para plantação de grãos; arrozeiro holandês, empresas dos Estados Unidos e líderes ruralistas são sócios das propriedades no município de Lagoa da Confusão

Por Caio de Freitas Paes, em De Olho nos Ruralistas

Nesta época do ano, com a chegada da estiagem à beira do Parque Nacional do Araguaia, uma cena impactante tem se repetido: centenas de peixes, tartarugas e outros animais aquáticos, sufocados, debatem-se nos leitos secos dos rios. A culpa não é da falta de chuvas, mas de atividades em terras agrícolas.

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A degradação do Seridó e a estratégia política da seca. Entrevista especial com Saulo Vital

Pesquisador aponta falta de interesse político para recuperar áreas devastadas na região. Enquanto isso, ocupação urbana desordenada e agricultura predatória aceleram o processo de desertificação

Por: João Vitor Santos, em IHU On-Line

Seridó é uma região do Nordeste brasileiro que não existe mais no papel e pode acabar desaparecendo de fato. A partir de uma reorganização do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística – IBGE, essa microrregião do estado do Rio Grande do Norte perdeu esse nome para fins estatísticos da geografia de Estado. Porém, devido à importância histórica e cultural para a população local, essa área segue sendo carinhosamente chamada de Seridó pelos moradores. “Além disso, nossos estudos de  Geografia Física ainda têm sido norteados por essa antiga regionalização, uma vez que a atual foi feita com base em critérios exclusivamente geoeconômicos”, acrescenta o professor Saulo Vital, que integra o grupo de pesquisa que estuda a área e constatou que houve diminuição de 55 km² da caatinga arbustiva dessa região entre 1985 e 2015.

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Bahia: Agricultura familiar, crucial no combate à fome

Comitê Emergencial baiano aposta na interlocução com governo estadual e prefeituras, para fortalecer programas de aquisição de alimentos. Ao invés de vouchers, campo pode garantir segurança alimentar e incentivar economia solidária

por Juliana Dias*, em Outras Palavras

Para mapear a criação dos comitês e compartilhar as experiências em âmbito nacional, a comissão organizadora da Conferência popular organizou a oficina virtual “Fortalecimento dos Comitês Estaduais e Municipais de Emergência”, no dia 25 de junho. Participaram do evento cerca de 100 pessoas de diversas regiões do país. Mais da metade dos inscritos não estavam inseridos em comitês. Na avaliação da comissão, este é um indicativo de que há interesse em criá-lo ou se inserir em espaços que já existem. Foram apresentadas as experiências na Bahia, Rio Grande do Sul e São Paulo. Conheça a experiência do Comitê emergencial de Segurança Alimentar e Nutricional da Bahia:

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