Clima e agricultura: ‘O que estamos colocando no prato está cavando nossa sepultura’

Professor da Unicamp alerta para as conexões entre o modelo de agricultura fundado na proteína animal, o desmatamento e a crise climática

Por Marco Weissheimer, no Sul21

“A maior parte do desmatamento da Amazônia, hoje, advém da nossa dieta carnívora. O que estamos colocando no prato está nos levando a cavar a nossa própria sepultura”. A frase forte é utilizada pelo professor Luiz Marques, do Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade de Campinas (Unicamp), para chamar a atenção para a gravidade do problema da crise climática que a humanidade enfrenta hoje e para a dificuldade da maioria das pessoas em ter uma percepção correta sobre a dimensão e as implicações dessa crise. Luiz Marques foi convidado pelo Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) para falar sobre esse tema na 19ª edição da Festa da Colheita do Arroz Agroecológico, realizada dia 18 de março, na sede da Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita (Coopan), em Nova Santa Rita, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

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Bolsonaro não age contra a fome no Brasil porque não quer, por José Graziano

Compra de produtos da agricultura familiar e formação de estoques públicos estão entre as propostas do ex-chefe da FAO

José Graziano da Silva*, Brasil de Fato

O artigo “Alta dos alimentos deve ‘espremer” mais os brasileiros” publicado na Folha de S.Paulo no último dia 19, de autoria de Fernando Canzian, desvela a impotência do atual governo federal frente à atual tendência de alta dos preços dos alimentos. “Temos como baixar os preços? Não”, afirma o diretor do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) ao ser entrevistado, que descarta ampliar estoques e justifica que “o melhor remédio para preço alto é preço alto. É isso que incentiva a produção.” As estimativas de safra apresentadas no mesmo artigo por Canzian desmentem essa afirmativa de que a alta de preços tenha alavancado de imediato a produção de grãos no país.

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MST não depende de fertilizantes para produzir 15 mil toneladas de arroz

Ao contrário do agronegócio, que não vive sem fertilizantes e nem agrotóxicos, a agroecologia utiliza alternativas naturais para “alimentar” o solo e colocar comida saudável na mesa

Por Cida de Oliveira, da RBA

Desde que a Rússia anunciou a suspensão das exportações de fertilizantes, o governo de Jair Bolsonaro tem feito de tudo para atender aos interesses do agronegócio e da mineração. Em nome de uma suposta garantia de comida na mesa do Brasil e do mundo, lançou o Plano Nacional de Fertilizantes, na sexta-feira (11). E já no fim de semana a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, se encontrou no Canadá com representantes de uma empresa chamada Potássio do Brasil. Seu proprietário, canadense, quer abrir na Amazônia a maior mina de potássio da América Latina. O mineral entra na composição de fertilizantes.

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Soberania Alimentar e Sociobiodiversidade: Tribunal dos Povos discute denúncias de contaminação por agrotóxicos e ataques aos sistemas agrícolas tradicionais no Cerrado

CPT

Nos dias 15 e 16 de março, das 13hs às 16h30 (horário de Brasília), a Campanha Nacional em Defesa do Cerrado realizará, de forma virtual, a Audiência Temática sobre Soberania Alimentar e Sociobiodiversidade no âmbito do Tribunal Permanente dos Povos (TPP) em Defesa dos Territórios do Cerrado.

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#8M2022 – Llamado de Acción Global – ¡Sembrando Soberanía Alimentaria y solidaridad, cosechamos derechos y vida digna!

8 de Marzo de 2022 – Día Internacional de las Mujeres Trabajadoras

La Vía Campesina

Este 8 de marzo 2022– Día Internacional de las Mujeres Trabajadoras, saludamos las luchas históricas de las mujeres organizadas en los campos y las ciudades, por derechos y vida digna; quienes alimentan los pueblos, la memoria colectiva y las resistencias en todo el mundo.  

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Sementes crioulas: produção saudável, orgânica e segura

No Irpaa

As sementes crioulas, também chamadas de sementes tradicionais ou sementes da paixão são variedades adaptadas às condições climáticas locais, mantidas e selecionadas por gerações de agricultores e agricultoras. Assim, quando falamos em sementes crioulas, não estamos falando apenas em produção e consumo de alimentos, nos referimos também à história, tradição, saúde e preservação da natureza.

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Espaços de economia solidária ajudam a popularizar alimentos agroecológicos nas cidades

Além dos produtos in natura, os centros escoam produção de agroindústrias, cooperativas e empreendimentos familiares

Rodolfo Rodrigo Brasil de Fato

Em tempos de “agro é pop”, a agricultura familiar tem traçado suas próprias estratégias para produzir e comercializar alimentos livres de venenos e transgênicos. Mas, para que o alimento vá do campo até a mesa com qualidade e preço justo, é necessário que cidades tenham centros de comercialização especializados, que respeitem o processo de produção de cada alimento e valorizem o trabalho de todos que fazem cada ingrediente sair da terra e chegar às prateleiras.

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