Quanto mais se sobe, mais se toca no fundo. A poucos quilômetros do Maracanã, as Olimpíadas terminam, e começa outra história. Suja e desesperada. O gueto é aqui, no topo de subidas estreitas, onde chega pouca luz e nenhum sorriso. Cidade na cidade, muros de tijolos quebrados que é difícil de imaginar que sejam casas. Uma em cima da outra, sem cercas. Nem mesmo as do desespero
Alberto Caprotti – Avvenire* / IHU
Não as chamamos de “favelas”, porque, aqui, é um termo que é considerado depreciativo. Mas estas o são, para todos. No Rio, preferem dizer “comunidade”. Que não dá a ideia e simplifica o drama. Para entender, é preciso subir. Dez, vinte enormes aglomerados de casas, talvez mais. É difícil contá-las em uma megalópole que nunca termina. (mais…)