Com a morte do rio Paraopeba, em Brumadinho, indígenas pedem realocação de território

Morosidade da Vale em cumprir acordo força saída dos pataxó da aldeia Naô Xohâ, às margens do rio contaminado pela lama

Por Pedro Stropasolas, em Brasil de Fato

Oito meses após o crime da mineradora Vale, a aldeia Naô Xohã teve seu modo de vida destruído pela morte do rio Paraopeba. A comunidade com cerca de 200 indígenas das etnias pataxó e pataxó Hã Hã Hãe reivindica, desde o fim de agosto, junto ao Ministério Público Federal (MPF), a realocação para outro território.

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“A Agência Nacional de Mineração terá capacidade de resistir ao lobby do setor mineral?” Entrevista especial com Bruno Milanez

Por: Patricia Fachin, em IHU On-Line

rompimento das barragens de rejeitos em Brumadinho e em Mariana e o risco de rompimento imediato da barragem de Gongo Soco, todas localizadas no estado de Minas Gerais, suscitam ao menos dois questionamentos: qual é o nível de segurança dessas barragens e como são realizadas as auditorias que atestam a segurança? Ao responder a essas questões, o engenheiro Bruno Milanez é categórico: “Não existem barragens 100% seguras. Todas as barragens correm risco de cair. Barragens caem em países ricos e pobres” e “o automonitoramento continua sendo ineficiente”.

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Vale não comparece em audiência pública sobre a tragédia de Brumadinho

No coração do manganês
pousa uma escritura
de hipoteca e usura
e o banco solerte
praticando a arte
do cifrão mais forte
Trecho de Canto Mineral, Carlos Drummond de Andrade (1974)

Por Pedro Calvi / CDHM

No dia 25 de janeiro deste ano, uma barragem pertencente à mineradora Vale no município de Brumadinho (MG) rompeu, liberando 11,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração. De acordo com as investigações, nenhuma sirene de perigo foi acionada. Na tragédia, 243 pessoas morreram e 23 continuam desaparecidas.

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Mais uma vítima de Brumadinho é identificada; mortos vão a 241 e desaparecidos são 29

Identificação ocorreu neste domingo, menos de 24 depois de localização de um corpo em meio à lama da Vale

por Guilherme Paranaiba, em Estado de Minas

Mais uma vítima da tragédia de Brumadinho foi identificada no Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Civil. Agora, são 241 mortos oficialmente identificados e 29 pessoas ainda consideradas desaparecidas. 

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MST ocupa Vale para denunciar que a empresa calculou o valor da vida

Em luta, mais de mil pessoas estão em Brumadinho reivindicando seus direitos como atingidas e denunciando a ação criminosa da mineradora

Por Agatha Azevedo, na Página do MST

A Vale calculou 2 milhões e 600 mil dólares por morte antes do rompimento da barragem, segundo denuncia da promotoria. André Sperling, promotor de Justiça, critica modelo que beneficia mineradoras e deixa população em risco.

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No Sul, projetos de mineração ameaçam 88 assentamentos

Estudos apontam impactos da mineração em territórios destinados à Reforma Agrária no Rio Grande no Sul

Por Marco Weissheimer, em Sul 21 / MST

O Movimento Pela Soberania Popular na Mineração (MAM) realizou um levantamento sobre os assentamentos de Reforma Agrária que estão ameaçados pelos projetos de mineração que pretendem se instalar no Rio Grande do Sul nos próximos anos. Esse levantamento indica que há pelo menos 88 assentamentos, localizados na Região Metropolitana de Porto Alegre e na área do Pampa, com áreas sobrepostas a esses projetos. Mais de quatro mil famílias, que vivem nestes assentamentos, podem ser afetadas pela mineração. De acordo com o levantamento do MAM, esse número pode ser ainda maior, pois mais de cem assentamentos no Estado não têm georreferenciamento (definição de sua forma, dimensão e localização, por meio de métodos de levantamento topográfico).

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Quem poderá frear o poder das corporações globais?

Elas violam, sistematicamente, os direitos humanos e a natureza. ONU negocia tratado para punir esses crimes, mas enfrenta forte contradição: regular empresas que se infiltraram em sua própria estrutura

por Inês Castilho, em Outras Palavras

Vivemos um tempo de capitalismo extremo, em que as grandes empresas ganharam peso superior ao da maioria dos Estados. Por um conjunto de mecanismos de captura do poder, elas deixam aos governos nacionais e seus cidadãos margem de manobra cada vez mais reduzida em defesa de seus direitos. Com sede num país e filiais em vários outros – aquele geralmente no Norte e estes amiúde no Sul –, as multinacionais conseguem, através de um arcabouço jurídico que as favorece, escapar de acusações e não indenizar funcionários e comunidades locais prejudicadas mundo afora. Exemplo maior é a Vale, ainda sem condenação pelos desastres socioambientais provocados no Brasil.

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