A tese de Flávio Dino é que o crime de ocultação de cadáver continua ocorrendo no tempo, para além de seu feito inaugural. É um crime permanente
O cuidado com os mortos
Para os antigos gregos cada morto era um Deus, seres sagrados, como se observa em Ésquilo e Eurípedes. Jean Pierre Vernant nos lembra que a morte, ao fim e ao cabo, está “acima da condição humana” e exige uma série cerimônias a serem realizadas (Mito e Religião na Grécia Antiga). Os romanos se dirigiam aos falecidos como deuses manes, “são homens que deixaram a vida: considerai-os como seres divinos” (Cícero, De legibus). (mais…)