O Caso Marielle e a contaminação das instituições do RJ

Caso revela que o crime que toma as ruas do Rio fez uma simbiose com o sistema político e a cúpula das das polícias

por Igor Felippe Santos, no Brasil de Fato

Uma doença maligna com o crescimento desordenado de células agressivas, que formaram um tumor que proliferou e invadiu tecidos da sociedade e do Estado. Agora, em estágio de progressão, se espalha para mais regiões do corpo.

Sim, o Rio de Janeiro é como um corpo doente com um câncer. A prisão de um deputado federal, de um conselheiro do Tribunal de Contas do estado e de um ex-chefe da Polícia Civil pelo brutal assassinato da vereadora Marielle Franco demonstra o quadro de metástase. (mais…)

Ler Mais

Marielle: o fio do novelo. Por Sonia Fleury

Feitas as prisões, falta muito a esclarecer sobre a motivação do crime e os envolvidos. Qual a possível relação entre os mandantes e o clã Bolsonaro? Será possível começar a mapear a presença das milícias na política do Rio e do Brasil?

em Outras Palavras

Os últimos lances na investigação que já dura 6 anos, desde o assassinato de Marielle e Anderson, foram celebrados como a aproximação do seu fim, com o esclarecimento dos mandantes e da motivação do crime bárbaro, a partir da convocação de um coletiva pelo Ministro Lewandowski para anunciar que a delação premiada do assassino confesso Ronnie Lessa havia sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal. Para a família, as esperanças foram renovadas como expressou a Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco; para a viúva, vereadora Mônica Benício, a coletiva convocada pelo Ministro causou frustração e dor, enquanto o Governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, reagiu dizendo que até agora tudo que se sabe são fofocas. Aliás, sua postura tem variado ao longo do tempo entre a necessidade de manter uma aparente neutralidade, como em 2021 quando declarou que cobrava uma solução mas não garantia um desfecho da investigação, até a postura atual, cujo cinismo ao afirmar que tudo não passa de fofoca, o retira, definitivamente da sua busca de neutralidade, Em ambos os casos, apresenta posturas não condizentes com a autoridade máxima do Estado onde o crime foi executado e investigado, até recentemente, pela polícia civil do seu governo. (mais…)

Ler Mais

Advogada e latifundiária, mãe de assassino de Pataxó defendeu pastora no 8 de janeiro

Mãe do atirador de 19 anos, Diana Fainstein integra movimento Advogados de Direita do Brasil e deu assistência jurídica à pastora evangélica Thereza Sena, presa durante a tentativa de golpe em Brasília; ela é herdeira de um clã tradicional de fazendeiros do Centro-Sul baiano

Por Carolina Bataier, Tonsk Fialho e Bruno Stankevicius Bassi, em De Olho nos Ruralistas

Preso em flagrante, José Eugênio Fernandes Amoedo, de 19 anos, é apontado pela Polícia Militar da Bahia como o responsável pelo assassinato da pajé Maria de Fátima Muniz, conhecida como Nega Pataxó. O crime aconteceu no dia 21 de janeiro, na zona rural do município de Pau Brasil (BA), durante o movimento de retomada de uma área próxima da Terra Indígena Caramuru/Paraguaçu, localizada na Fazenda Inhuma. Segundo os Pataxó Hã-Hã-Hãe, a região faz parte de seu território tradicional e abriga um complexo de cemitérios indígenas. (mais…)

Ler Mais

Reflexões para o 19º aniversário de morte da Irmã Dorothy Mae Stang. Por Dom Erwin Kräutler

“Irmã Dorothy chegou 1982 na Prelazia do Xingu e viu de perto o frenesi das derrubadas em grande escala. E desde que chegou falou e não mediu esforços, querendo convencer a quem ouvia sua vozinha mansa – mansa era apenas sua voz – de que, num futuro bem próximo, frequentes calamidades em cada vez maiores proporções serão consequência das violentas agressões de homens insensatos à natureza”, escreve Dom Erwin Kräutler, bispo emérito do Xingu em artigo enviado diretamente ao Instituto Humanitas Unisinos

IHU

Neste dia 12 de fevereiro completam-se 19 anos da morte da Irmã Dorothy Stang. Naquele sábado, bem cedo de manhã, em 2005, Irmã Dorothy foi assassinada com seis tiros à queima-roupa numa estrada do interior de Anapu, município da Transamazônica no Estado do Pará. Tinha 73 anos de idade. (mais…)

Ler Mais

Julgado em corte internacional pelo assassinato de trabalhador rural na PB, Estado brasileiro reconhece violações e pede desculpas

Por CPT João Pessoa

O Estado brasileiro admitiu que violou direitos e garantias na condução do processo penal relativo ao homicídio do trabalhador rural Manoel Luiz da Silva, durante julgamento ocorrido nesta quinta-feira (8), na Corte Interamericana de Direitos Humanos, em San José, na Costa Rica. (mais…)

Ler Mais

Estado brasileiro é julgado em corte internacional pelo assassinato de dois trabalhadores rurais na Paraíba

Por CPT João Pessoa

O Estado brasileiro será julgado, nos dias 8 e 9 de fevereiro, em San José, na Costa Rica, pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão vinculado à Organização dos Estados Americanos (OEA), pela omissão e não responsabilização dos envolvidos no assassinato e no desaparecimento dos trabalhadores rurais Manoel Luiz da Silva e Almir Muniz, ocorridos na Paraíba, em 1997 e 2002, respectivamente. (mais…)

Ler Mais

Alerta no campo: acampamentos do MST vivem aumento da violência com reforma agrária parada

Três assassinatos em apenas uma semana acenderam o alerta para agricultores do MST na Paraíba e em Pernambuco, onde a violência não descansa

Por Paula Bianchi, em Repórter Brasil

No acampamento São Francisco, em Vitória de Santo Antão (PE), ninguém dorme a noite inteira. É assim também em outros acampamentos do MST na região, que viram uma escalada de violência nos últimos meses. Apenas em novembro, três agricultores do movimento foram assassinados. (mais…)

Ler Mais