O último capítulo do genocídio. Por Chris Hedges

Israel começou o estágio final de seu genocídio. Os palestinos serão forçados a escolher entre morte ou deportação. Não há outras opções.

Em Chris Hedges / Substack

Este é o último capítulo do genocídio. É o último e sangrento empurrão para os palestinos de Gaza. Sem comida. Sem remédios. Sem abrigo. Sem água limpa. Sem eletricidade. Israel está rapidamente transformando Gaza em um caldeirão dantesco de miséria humana, onde os palestinos estão sendo mortos às centenas e, em breve, novamente, aos milhares e dezenas de milhares, ou serão forçados a sair para nunca mais retornar. (mais…)

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Indígena Avá Guarani é decapitado em área de conflito por terra no Oeste do Paraná

A cabeça do jovem foi pendurada em uma estaca na estrada rural que interliga a aldeia Jevy ao centro de Guaíra (PR)

No Brasil de Fato

Na manhã deste sábado (22), um indígena Avá Guarani foi encontrado morto e decapitado em uma estrada rural na cidade de Guaíra (PR), próximo ao aeroporto. O seu corpo foi jogado na vegetação e sua cabeça pendurada em uma estaca feita de galho de mamona. Imagens chocantes circulam em grupos de Whatsapp.

Lideranças Avá Guarani afirmaram ao Brasil de Fato, em condição de anonimato, que o homem assassinado se chama Marcelo Ortiz e atendia pelo apelido de Ku’i. “Era um jovem trabalhador, morador do Tekoha Jevy”, contou um indígena ouvido pela reportagem. (mais…)

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José Luís Fiori: o ciclo que se fecha na Ucrânia

Vitória da Rússia. Divórcio EUA-Grã Bretanha. Desmonte da União Europeia. Em possível virada histórica, balança o “bloco ocidental”, que venceu o comunismo, associou-se à era neoliberal e exerceu hegemonia planetária por 200 anos

No Outras Palavras

Ao se completarem dois meses da nova administração americana, o histrionismo de Donald Trump e a perplexidade dos europeus criam uma impressão duplamente falsa com relação à Guerra da Ucrânia. Por um lado, o presidente americano se comporta como se os EUA fossem o “país ganhador”, exigindo uma “reparação de guerra” do país derrotado, a Ucrânia, que foi seu grande aliado até anteontem. Por outro, os europeus, em estado de pânico, atribuem à traição de Trump e à sua decisão de acabar com a guerra, a responsabilidade por sua divisão e derrota eminente. Como se fosse possível fazer, desfazer e refazer a história real através apenas da manipulação de “narrativas” que são inventadas e repetidas incansavelmente pelas potências que se acostumaram a controlar o “imaginário coletivo” do sistema mundial. (mais…)

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Enquanto Cuba envia médicos, os EUA impõem sanções

Os Estados Unidos chamam o internacionalismo médico de Cuba de “tráfico humano” — mas na verdade ele é uma tábua de salvação internacionalista para o Sul Global.

Por Helen Yaffe, na Jacobin
Tradução: Pedro Silva

Em 25 de fevereiro, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou restrições de vistos para autoridades governamentais em Cuba e quaisquer outras pessoas no mundo que sejam “cúmplices” dos programas de assistência médica no exterior da nação insular. Uma declaração do Departamento de Estado dos EUA esclareceu que a sanção se estende a autoridades “atuais e antigas” e aos “familiares próximos dessas pessoas”. Esta ação, a sétima medida visando Cuba em um mês, tem consequências internacionais; por décadas, dezenas de milhares de profissionais médicos cubanos foram destacados para cerca de sessenta países, muito mais do que a força de trabalho da Organização Mundial da Saúde (OMS), trabalhando principalmente com populações carentes ou sem assistência médica no Sul Global. Ao ameaçar reter vistos de autoridades estrangeiras, o governo dos EUA pretende sabotar essas missões médicas cubanas no exterior. Se funcionar, milhões sofrerão. (mais…)

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‘O Guarani’ de Ailton Krenak: movimento e as limitações culturais de seus críticos

“Que faço com a minha cara de índia?”
Eliane Potiguara: Brasil, in Metade cara, metade máscara

Por Maurício Brugnaro Júnior, no Le Monde Diplomatique Brasil

Recentemente O Guarani — obra prima de Carlos Gomes e originalmente escrita por José de Alencar — voltou ao centro do debate cultural ao ganhar a leitura poética através das mãos e olhares atentos de Ailton Krenak, importante ambientalista, ativista indígena e filósofo brasileiro, subvertendo protagonismos e relações de poder dentro e fora dos palcos, fazendo por movimentar o cenário da produção e consumo cultural brasileiro. Nessa nova visão, o espetáculo incorpora elementos da cosmologia indígena e traz os próprios indígenas em papéis de relevância no Theatro Municipal de São Paulo.
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Gaza já com 700 mortos e milhares em fuga. Washington abençoa a ofensiva

Ataques aéreos e tanques em ação tanto no norte quanto no sul. Onda de protestos em Israel, reunião do governo para destituir chefe do serviço secreto

Por Fabio Tonacci, no La Repubblica / IHU

Com o total apoio de Donald Trump e com o substancial desinteresse da Europa, focada apenas na questão ucraniana,  Netanyahu lança o plano final contra o Hamas. Em Gaza e na Cisjordânia. Um plano que, em essência, soa assim: mísseis do céu e ofensivas terrestres até que os militantes devolvam os 59 reféns israelenses, 24 dos quais se acredita estarem vivos. O custo humano dos bombardeios, desde a quebra do cessar-fogo, já é assustador: 710 palestinos mortos na Faixa de Gaza e 900 feridos em 48 horas, segundo o porta-voz do hospital Shuhada al-Aqsa. Ele acrescentou: “70% dos feridos são mulheres e crianças, muitos deles gravemente feridos”. (mais…)

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Compêndio de horrores. Por Eugênio Bucci

As mídias digitais são o prolongamento da escola nazista: rompem com o registro dos fatos e promovem a substituição da política pelo fanatismo

No A Terra é Redonda

Em julho de 1925, o livro Mein Kampf (Minha luta), de Adolf Hitler,foi lançado na Alemanha. No ano seguinte, 1926, chegou aos leitores um segundo volume, este mais dedicado ao tema da organização partidária. A partir daí, nas edições posteriores, os dois volumes foram reunidos num só e Mein Kampf fez sua carreira editorial divido em duas partes: a primeira, com doze capítulos, e a segunda, com quinze. Nesse compêndio de horrores, o autor destila ódio, megalomania, ressentimento, antissemitismo, nacionalismo, xenofobia e apologia da violência para fixar o ideário nazista. Com êxito. (mais…)

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