Terra, Tempo e Luta: Declaração Urgente dos Povos Indígenas do Brasil

Carta Final do 20º Acampamento Terra Livre (ATL)

CIMI

Nós, povos indígenas, somos o próprio tempo. Somos encantadores desse tempo que é como uma serpente, com muitas curvas, uma história que não pode ser simplificada como uma linha reta. Quem poderia imaginar que, após mais de cinco séculos de colonização e extermínio, estaríamos aqui, firmes como nossas florestas, entoando nossos cantos e tocando nossos maracás, em resistência pela vida e pelo bem viver de toda a sociedade. 20 anos de Acampamento Terra Livre! O primeiro, realizado em 2004, reuniu 240 indígenas. Hoje, em Brasília, estamos aqui com cerca de 9 mil pessoas, representando mais de 200 povos, que vieram de todas as regiões e biomas desse território brasileiro para dizer: ‘NOSSO MARCO É ANCESTRAL! SEMPRE ESTIVEMOS AQUI!’ (mais…)

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ADDIISC disponibiliza novo infográfico sobre “Prisões e Povos Originários no Brasil”

Produzido em parceria com o Cimi, a 3ª edição do documento traz o mapeamento de dados sobre pessoas indígenas presas nos estados brasileiros durante o ano de 2022

Por Instituto Irmãs da Santa Cruz 

O programa de Assessoramento, Defesa e Garantia de Direitos (ADD) do Instituto das Irmãs da Santa Cruz (IISC), em parceria com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), publicou a 3ª edição do infográfico “Prisões e Povos Originários no Brasil”. (mais…)

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Terra, Tempo e Luta: Declaração Urgente dos Povos Indígenas do Brasil

Carta Final do 20º Acampamento Terra Livre (ATL)

No Cimi

Nós, povos indígenas, somos o próprio tempo. Somos encantadores desse tempo que é como uma serpente, com muitas curvas, uma história que não pode ser simplificada como uma linha reta. Quem poderia imaginar que, após mais de cinco séculos de colonização e extermínio, estaríamos aqui, firmes como nossas florestas, entoando nossos cantos e tocando nossos maracás, em resistência pela vida e pelo bem viver de toda a sociedade. 20 anos de Acampamento Terra Livre! O primeiro, realizado em 2004, reuniu 240 indígenas. Hoje, em Brasília, estamos aqui com cerca de 9 mil pessoas, representando mais de 200 povos, que vieram de todas as regiões e biomas desse território brasileiro para dizer: ‘NOSSO MARCO É ANCESTRAL! SEMPRE ESTIVEMOS AQUI!’ (mais…)

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Movimento indígena encerra assembleia com novo alvo: derrubar decisão de Gilmar Mendes

Medida tomada pelo ministro durante o Acampamento Terra Livre é favorável ao marco temporal, criticam lideranças

Por Anna Beatriz Anjos | Edição: Bruno Fonseca, em Agência Pública

O movimento indígena elegeu um desafio no encerramento da 20ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), a maior assembleia dos povos originários no Brasil: derrubar a mais recente decisão de Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o marco temporal. (mais…)

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Ailton Krenak, o filósofo da terra

Mergulho nas ideias do pensador indígena, em possível diálogo com Heidegger e Butler. Eurocentrismo, diz, gesta a humanidade zumbi, sem memória e identidade. A perda do nós plural e criativo é o fim do mundo. E o ancestral, antídoto

por Piero Detoni, em Outras Palavras

I. Eduardo Viveiros de Castro, no posfácio de Ideias para adiar o fim do mundo, do intelectual e ativista indígena Ailton Krenak, contextualiza as/os leitoras/es do livro que se trata, assim como faz Davi Kopenawa e Daniel Munduruku, de uma reflexão em busca da história da descoberta do Brasil pelos índios. Quer dizer, uma contra-história e, também, uma contra-antropologia atravessa o ensejo de Krenak. Seu objeto é a desnaturalização da história única da humanidade, aquela mesma da cultura dominante do Estado-nação moderno que se voltou belicosamente contra as populações indígenas. Krenak é propositor, segundo Viveiros de Castro, de perguntas inquietante: somos uma humanidade? Uma humanidade única e não diversa? Uma humanidade e não uma rede “inextrincável” e “interdependente” de humanos e não humanos? Quem seria esse “nós” no questionamento krenakiano? “Nós” relativo a quem? Ao quê? Uma pergunta sobre identidade? Sobre o quem somos? Estamos ante, pois, de questionamentos existenciais, em que esse “nós” deixa de se portar unívoco e unidimensional, voltando-se para um nós pluralista, móvel, criativo e variável – diferencial. Para os Krenak isso incluiria a terra, as pedras, as montanhas, os rios, os seres em geral. Esses são alguns dos questionamentos, ou ideias propositivas, para se lançar, então, o adiamento do fim do mundo. (mais…)

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Nota do Cimi sobre o assassinato de Hariel Paliano

O assassinato de Hariel é reflexo e expõe o tom da falsa conciliação a que os setores anti-indígenas sempre se propuseram

Cimi

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) manifesta profunda indignação e tristeza pelo cruel assassinato de Hariel Paliano, de 26 anos, ocorrido na aldeia Kakupli, interior da Terra Indígena (TI) Ibirama La Klãnô, do povo Xokleng, em Santa Catarina. Além dos Xokleng, vivem também no território indígenas dos povos Guarani e Kaingang, ao qual pertencia Hariel. (mais…)

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Povo Kariri Xocó denuncia novas ameaças em Terra Indígena homologada, mas tomada por posseiros

Conforme a Funai, há aproximadamente 200 ocupantes não indígenas na área. População de 4 mil indígenas vive em 600 hectares

POR RENATO SANTANA, DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DO CIMI REGIONAL NE

Em 28 de abril de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva homologou, durante a 19ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), seis terras indígenas, entre elas a TI Kariri Xocó, em Alagoas, com população de 4 mil indígenas e portaria declaratória publicada em 2006. Mesmo com parte da etapa final do procedimento administrativo concluída, a permanência de invasores no território leva ameaças aos ocupantes tradicionais. (mais…)

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