Especialistas veem indícios de que ‘Invasão Zero’ é milícia rural e age fora da lei

Investigado por assassinato de indígena, grupo ruralista usa força armada para desfazer ocupações, mas nega ilegalidades

por Murilo Pajolla, em Brasil de Fato

O grupo de fazendeiros “Invasão Zero”, investigado pelo assassinato de uma liderança indígena na Bahia, age de forma ilegal. É como quatro especialistas que acompanham profissionalmente o caso descrevem a agremiação ruralista, que se espalhou por nove estados, virou frente parlamentar no Congresso e prega que fazendeiros “combatam o MST”. (mais…)

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Alerta no campo: acampamentos do MST vivem aumento da violência com reforma agrária parada

Três assassinatos em apenas uma semana acenderam o alerta para agricultores do MST na Paraíba e em Pernambuco, onde a violência não descansa

Por Paula Bianchi, em Repórter Brasil

No acampamento São Francisco, em Vitória de Santo Antão (PE), ninguém dorme a noite inteira. É assim também em outros acampamentos do MST na região, que viram uma escalada de violência nos últimos meses. Apenas em novembro, três agricultores do movimento foram assassinados. (mais…)

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Grupo ruralista que matou indígena Pataxó na Bahia atua em pelo menos 7 estados

Autoridades comparam o modo de atuação do grupo, responsável pela morte de uma líder indígena Pataxó na Bahia, ao de milícias criminosas e forças paramilitares.

ClimaInfo

assassinato da líder indígena Maria de Fátima Muniz, conhecida como Nega Pataxó, em janeiro passado revelou a existência de um grupo de fazendeiros que, sob a justificativa de proteger as propriedades rurais (regularizadas ou não) de invasores, recorreram ao banditismo para atacar seus adversários. (mais…)

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Bancada ruralista adota ‘discurso tóxico’ em anúncios nas redes sociais, revela estudo

Posts se valem de desinformação e greenwashing para promover agenda política do setor, dizem pesquisadores da UFRJ

Por  Giovana Girardi, Rafael Oliveira, Agência Pública

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), mais conhecida como a bancada ruralista do Congresso, publicou anúncios nas redes sociais ao longo de todo o ano passado com conteúdo desinformativo, descontextualizado, distorcido e/ou que minimizavam os impactos negativos do setor, de modo a promover sua agenda política no legislativo. É o que aponta uma análise elaborada pelo Netlab, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. (mais…)

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“Violência no campo vai aumentar”, afirma professor da Unesp

Para o geógrafo Bernardo Mançano Fernandes, os governos são reféns do agronegócio; ele diz que o campo hegemônico do agronegócio define cargos, mas um governo progressista pode criar políticas que fortaleçam os excluídos, em uma reforma agrária “possível”

De Olho nos Ruralistas

Movimentos e intelectuais do campo da resistência costumam dizer que no Brasil nunca ocorreu uma reforma agrária que efetivamente desconcentrasse a propriedade de terras. Para o professor Bernardo Mançano Fernandes, professor livre-docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e coordenador do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária (Nera), o que temos é a reforma agrária possível. Para ele, o campo hegemônico do agronegócio e da bancada ruralista define ou aprova, por exemplo, quem será o nome à frente do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A vantagem de um governo progressista é a de poder criar políticas públicas que fortaleçam comunidades e povos excluídos; e que, no médio e longo prazos, isso possa corroer o poder hegemônico. Mançano tem entre seus temas centrais de estudo o capitalismo agrário, a reforma agrária, desenvolvimento territorial, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Via Campesina. O pesquisador aponta os movimentos sociais como impulsionadores da reforma agrária — por isso as tentativas fracassadas de criminalização, como a CPI do MST. Ele prevê mais violência no campo com o aumento das armas, mas acredita que o modelo destruidor vigente está se esgotando.  “O agronegócio não é sustentável, está morrendo; as forças populares estão nascendo”.  Confira a entrevista concedida em agosto a Alceu Luís Castilho e Nanci Pittelkow. (mais…)

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Câmara dá dupla vitória ao agro no mercado de carbono

Depois de excluírem atividade de regulação, ruralistas querem receber créditos de carbono para cumprir a legislação que eles tentam derrubar

Observatório do Clima

O PL 2.148, aprovado na Câmara dos Deputados por 299 votos a 103 nesta quinta-feira, no apagar das luzes do ano legislativo, cria uma situação paradoxal: o Brasil se torna caso raro de país que estabelece um regime de “cap-and-trade” (limitação e comércio de emissões) no qual um setor importante da economia pode ganhar “trade” sem se submeter ao “cap”. A ganância da bancada ruralista e dos desenvolvedores de projetos de carbono para poder gerar créditos em propriedades rurais produziu um texto legal que tira a credibilidade do REDD+ no país e pode dificultar a captação de recursos internacionais. (mais…)

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Invasores de Terras Indígenas ajudaram a derrubar veto ao Marco Temporal

Três parlamentares com fazendas incidentes em TIs comemoraram a votação; outros 17 receberam doações de pessoas com terras sobrepostas, conforme o dossiê “Os Invasores”; 75% dos votos no Congresso saíram da bancada ruralista; Apib aponta interesse direto de Arthur Lira no tema

Por Carolina Bataier e Nanci Pittelkow, no De Olho nos Ruralistas

Dos 312 parlamentares integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), 282 votaram contra os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Marco Temporal. A bancada ruralista garantiu 75% dos votos para a derrubada dos vetos, que representa maior facilidade para a invasão de terras indígenas e põe em risco os direitos dos povos originários do Brasil. (mais…)

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