Em dez anos, casos de agressões interpessoais multiplicaram-se por quatro – e houve 47 mortes. Desvalorização dos professores, degradação física do ambiente escolar e complacência com discurso de ódio agravam cenário e produzem racismo e misoginia. Secretarias estão despreparadas
Por Christina Queiroz, na Pesquisa FAPESP
O Brasil enfrenta um novo cenário de violência em instituições de ensino, marcado por uma escalada nos casos de agressões na comunidade escolar, nos últimos 10 anos, e pelos ataques a instituições de ensino, que registraram um pico entre 2022 e 2023. A desvalorização da atividade docente no imaginário coletivo, a relativização de discursos de ódio e o despreparo de secretarias de educação para lidar com conflitos derivados de situações de racismo e misoginia são hipóteses que podem ajudar a explicar esse fenômeno complexo e multicausal, que provocou ao menos 47 vítimas fatais desde 2001. (mais…)
Ler Mais