Mulheres usam redação do Enem para denunciar casos de violência

Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil

O Ministério da Educação (MEC) informou ontem (11) que mulheres aproveitaram a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para denunciar casos de agressão. O tema da redação de 2015 foi “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”. De acordo com o ministério, pelo menos 55 mulheres denunciaram atos de violência que elas mesmas sofreram ou que presenciaram.

Diante desse cenário, o MEC reforçará a divulgação de meios de atendimento e proteção à mulher. “Como se trata de uma redação, não sabemos se necessariamente é um depoimento, mas tudo indica que sim. Tudo indica que ela descreve uma situação que viveu”, afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. (mais…)

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Nota de repúdio ao veto presidencial referente ao Projeto de Lei Nº 5.954-C de 2013

Sempre foi máxima inalteravelmente praticada em todas as Nações, que conquistaram novos Domínios, introduzir logo nos povos conquistados o seu próprio idioma, por ser indisputável, que este é um dos meios mais eficazes para desterrar dos Povos rústicos a barbaridade dos seus antigos costumes (Diretório dos Índios, 1755).

O Cimi (Conselho Indigenista Missionário) vem a público manifestar veemente repúdio ao Veto Presidencial ao Projeto de Lei nº 5.954-C emitido na Mensagem 600, em 29 de dezembro de 2015 pela Presidência da República.

O referido projeto, de autoria do Senador Cristovam Buarque, visa assegurar às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas, bem como de processos próprios de aprendizagem e de avaliação que respeitem suas particularidades culturais, na educação básica, na educação profissional e na educação superior. (mais…)

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Militante do Movimento dos Atingidos por Barragens desaparece em Rondônia

Nota do MAB-RO

“Nilce de Souza Magalhães, mais conhecida como ‘Nicinha’, mãe de três filhas, vó de quatro netos, pescadora e militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) em Rondônia, desapareceu esse último dia 7 de janeiro, depois de ser vista pela última vez na barraca de lona onde mora com seu companheiro, Nei, em um acampamento com outras famílias de pescadores atingidos pela Hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, na localidade chamada de “Velha Mutum Paraná”, na altura do km 871 da BR 364, sentido Porto Velho-Rio Branco. (mais…)

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A política indigenista do governo federal no ano de 2015: balanço de uma política esvaziada!

Roberto Liebgott – Cimi Sul

Quando decidi, ainda no final do mês de dezembro, escrever esta análise de conjuntura acerca da política indigenista do governo federal, não havia acontecido o cruel assassinato de Vítor Pinto, criança Kaingang de dois anos, degolada enquanto era amamentada por sua mãe na rodoviária de Imbituba, Santa Catarina. O Cimi Sul emitiu uma nota, da qual destaco o seguinte trecho:

Vítor faleceu em um local que a família Kaingang imaginava ser seguro. As rodoviárias são espaços frequentemente escolhidos pelos Kaingang para descansar, quando estes se deslocam das aldeias para buscar locais de comercialização de seus produtos. A família de Vítor é originária da Aldeia Kondá, localizada no município de Chapecó, Oeste de Santa Catarina. Trata-se de um crime brutal, um ato covarde, praticado contra uma criança indefesa, que denota a desumanidade e o ódio contra outro ser humano. Um tipo de crime que se sustenta no desejo de banir e exterminar os povos indígenas”.
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Silêncios e omissões, por José Ribamar Bessa Freire

“A morte brutal do bebê kaingang suscita a necessidade de abrirmos uma brecha para o ensino de história indígena nas escolas”

No Estadão

Embora estarrecidos, temos de admitir que pertencemos à mesma família humana do jovem que degolou o bebê kaingang de dois anos na rodoviária de Imbituba (SC). Compartilhamos, envergonhados, a mesma identidade nacional do suspeito do crime, Matheus Silveira, o Teto, 23 anos, que está preso. Já para a polícia, esse é apenas o caso de um “usuário de drogas, que sofre de distúrbios mentais”. Será? O delegado ouviu familiares e ex-colegas do Colégio Caic. Não concluiu o inquérito, mas já adiantou não ter visto conotação racista no crime, embora admita que o assassino estava “incomodado com a presença dos indígenas no local”. (mais…)

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Liderança do Quilombo das Guerreiras compartilha memórias de ocupação, luta e resistência

Katja Majcen – RioOnWatch

A ocupação Quilombo das Guerreiras é um símbolo de resistência e organização comunitária. De 2006 a 2013 mais de cem famílias ocuparam e construíram uma comunidade em um armazém abandonado na região do Porto do Rio. Além de fornecer moradia, a ocupação havia desenvolvido uma forma de vida coletiva realizando atividades, incluindo aulas de alfabetização, jardinagem urbana agroecológica, exibição de filmes e passeios. (mais…)

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