A agressão a Letícia Sabatella atinge a democracia pelas costas

Letícia Sabatella, seu nome é democracia. Caberá a todos que amam a democracia e que respeitam o Estado democrático de direito defendê-la.

Por Leonardo Isaac Yarochewsky, na Carta Maior

Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria

Na noite deste domingo, 31 de julho, a atriz curitibana Letícia Sabatella foi ofendida e agredida em Curitiba. Não, não é um capítulo de novela, também não é um filme ou uma peça de teatro. É a realidade nua e crua. É o autoritarismo e o fascismo assaltando a democracia. O ataque à Letícia é uma afronta a todos nós, nós que defendemos a democracia, a legalidade, os direitos fundamentais, as garantias constitucionais e o Estado democrático de direito. (mais…)

Ler Mais

Indígenas do Maranhão prometem manifestações por demandas da Educação Escolar Diferenciada

No Cimi

Além das demarcações de terras tradicionais, os povos indígenas do país lutam para o reconhecimento de um outro direito essencial: a Educação Escolar Indígena Diferenciada. Os povos do Maranhão protocolaram o segundo abaixo-assinado listando as principais reivindicações para a área junto à Secretaria Estadual de Educação (Seduc). O primeiro, de 18 de julho deste ano, não obteve quaisquer respostas; o segundo, cobrando o primeiro e ressaltando a demanda, foi entregue dia 24 de julho. Até o momento não foram chamados para tratar do disposto nos documentos. Os povos indígenas afirmam que caso não obtenham respostas efetivas do governo realizarão manifestações no estado.

Os documentos foram entregues também ao Ministério Público Federal (MPF), que possui uma comissão de caráter nacional apenas para tratar da Educação Escolar Indígena Diferenciada. As demandas expostas dão conta também dos quilombos, além das aldeias dos povos Krepym Kateje, Gavião, Krikati, Tenetehar/Guajajara, Gamela e Tremembé. A Resolução 05/2012 do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica, órgão do Ministério da Educação, diz que a responsabilidade pela oferta da Educação Escolar Indígena é dos estados, podendo ser oferecida pelos municípios por regime de colaboração e com a anuência dos povos indígenas. (mais…)

Ler Mais

Quilombolas de Oriximiná pedem apoio na proteção de seus territórios ameaçados pela mineração

O vídeo lançado pela Comissão Pró-Índio de São Paulo alerta: o avanço da mineração ameaça o futuro dos quilombolas em Oriximiná, no interior do Pará. Em 2013, o Ibama autorizou a extração de bauxita em terras quilombolas. E novas licenças podem ser expedidas.

por

O caso envolve a maior produtora de bauxita do Brasil, a Mineração Rio do Norte, que tem como acionistas a Vale, South32, Rio Tinto Alcan, Alcoa, Hydro e Companhia Brasileira de Alumínio Atuando na região desde os anos 70, a Mineração Rio do Norte (MRN) agora expande suas atividades para o interior das áreas onde vivem cerca de 3.000 quilombolas. (mais…)

Ler Mais

Políticas para população de rua: tema complexo e urgente

Por Raquel Rolnik

Participei na última sexta-feira (29) do programa “Diálogos na USP, os temas da atualidade”, veiculado na Rádio USP, ao lado da professora Silvia Maria Schor, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP. Falamos sobre as políticas públicas para pessoas em situação de rua, especialmente as que vivem na cidade de São Paulo. (mais…)

Ler Mais

Especial Amazônia em Disputa: Crime e grilagem com uso do CAR

Concebido para ser um eficaz instrumento de regularização ambiental, o Cadastro Ambiental Rural é utilizado por grileiros e quadrilhas que lucram com o desmatamento ilegal, acirrando os conflitos rurais na Amazônia Legal

por , A Pública

O Cadastro Ambiental Rural (CAR), instrumento de regularização ambiental que virou política federal pelo Código Florestal em 2012, tem sido útil a criminosos justamente no que deveria ser uma de suas maiores vantagens: o controle, monitoramento e combate ao desmatamento. A Operação Rios Voadores, por exemplo, realizada em junho, revela o uso ilegal do novo CAR. Conduzida pela Polícia Federal (PF), Ministério Público Federal, Receita Federal e Ibama, a operação prendeu uma quadrilha que desmatava e grilava terras públicas no Pará. (mais…)

Ler Mais

Será que a esperança está com o pé na cova?

Cultura inútil: as melhores frases e ditados sobre esperança

Por Mouzar Benedito – Blog da Boitempo

Nestes tempos em que não sei se dá para ser mais esperançoso do que temeroso, tenho me lembrado da peça Brasileiro, profissão esperança, de Paulo Pontes, escrita em 1966. É um musical cruzando as vidas, as músicas e as crônicas de Dolores Duran e Antônio Maria. Mas extrapola. Paulo Pontes escreveu um texto de apresentação da peça em que começa dizendo que “é urgente e gigantesca a tarefa de conhecer o homem brasileiro hoje”.

O musical teve várias montagens, com algumas mudanças relacionadas às transformações políticas e sociais ocorridas no Brasil ao longo dos anos. Sinal que o “homem brasileiro hoje”, quer dizer, da época de cada montagem, foi mudando também, acompanhando as mudanças políticas e sociais. (mais…)

Ler Mais

Conheça a jornada de grupo que percorreu o sertão de Guimarães Rosa

Seis dias e 170 quilômetros a pé em terrenos pisados por Riobaldo e Diadorim, na maior jornada feita por projeto que celebra a genialidade do escritor mineiro cuja obra-prima completa 60 anos

Alexandre Guzanshe – Estado de Minas

As luzes de Chapada Gaúcha despontam ao longe. Sugerem o fim de uma longa, doída, sofrida, mas reveladora jornada: nada menos que 170 quilômetros caminhando pelo sertão imortalizado na obra do escritor mineiro João Guimarães Rosa. “É uma miragem, só pode ser”, pensei, enquanto olhava para frente, com a sensação de que elas não se aproximavam. Estavam ali, mas nunca chegavam. Após seis dias de peregrinação, eram os últimos cinco quilômetros. Depois de andar quase cinco vezes mais desde a manhã, aqueles últimos passos talvez fossem os piores dessa que se tornaria a maior jornada já cumprida pelo projeto Caminho do Sertão – em extensão e em número de participantes: 91. Eu carregava o já inseparável cajado, uma câmera no pescoço, uma mochila com água, canivete, algum remédio, uma segunda câmera. Na bagagem, também uma sacola com outros sacos plásticos. Dentro de cada um, um pouquinho de terra. Terras coloridas: amarela, roxa, vermelha, branca… A poeira do sertão; a terra de Rosa. (mais…)

Ler Mais