Policiais são suspeitos de manipular provas para criminalizar manifestantes

Os 26 jovens presos pela PM ficaram incomunicáveis por até oito horas, sem poder falar com os pais ou advogados. Para ouvidor, não há prova de crime: “Pode ser uma prisão política, sim”

por Fausto Salvadori, Ponte Jornalismo

O comando da Polícia Militar do Estado de São Paulo ordenou um tratamento diferente para os jovens que foram detidos em grupo durante a manifestação realizada ontem contra o presidente Michel Temer (PMDB) na Avenida Paulista. Em vez de serem levados para as delegacias comuns, os manifestantes foram parar no Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), órgão da Polícia Civil que costuma lidar com crimes ligados ao crime organizado, como roubo de cargas, facções criminosas e fraudes financeiras. (mais…)

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Nota Pública da AJD: A defesa da livre manifestação exige o controle efetivo da atividade policial pelo Ministério Público

A Associação Juízes para a Democracia, entidade não governamental e sem fins corporativos, que tem por finalidade estatutária o respeito absoluto e incondicional aos valores próprios do Estado Democrático de Direito, vem a público externar repúdio e contrariedade em face dos atos de violência e repressão que atentam contra o livre exercício do direito de livre manifestação, ocorridos nos dias que sucedem à deposição da presidenta eleita Dilma Vana Roussef, esperando do Ministério Público o efetivo controle da atividade policial, nos seguintes termos: (mais…)

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Organizações do campo ocupam Ministério do Planejamento durante jornada unitária

Jornada de Lutas Unitária dos Trabalhadores e Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas / assessoria de Comunicação do Cimi

Cerca de 2 mil pessoas ocuparam na madrugada de hoje (5) o Ministério do Planejamento, na Esplanada dos Ministérios, no Distrito Federal. A ação faz parte da Jornada de Lutas Unitária dos Trabalhadores e Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas, organizada por movimentos sociais e sindicais, que acontece em todos os estados do País, com grande concentração em Brasília. (mais…)

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‘A França não pode ficar indiferente ao golpe no Brasil’, diz Senador Antoine Karam

“Estou preocupado com o silêncio das autoridades francesas. Num país como a França, não temos o direito de permanecer em silêncio quando os princípios democráticos são atacados. Digo e repito, a França não pode ficar indiferente.”

Entrevista especial com Antoine Karam – Blog da Boitempo

Atento à conjunta atual na América Latina, o Senador Antoine Karam vê o golpe na democracia brasileira no mesmo quadro dos golpes em Honduras e no Paraguai neste início de século. Para ele, “a prioridade continua é mobilizar a comunidade internacional para denunciar e esses ‘truques de mágica’ com a Constituição que nada mais são do que um Golpe de Estado e um assalto à democracia.” Preocupado com o silêncio das autoridades francesas, Karam provoca: “Num país como a França, não temos o direito de permanecer em silêncio quando os princípios democráticos são atacados. Digo e repito, a França não pode ficar indiferente.” (mais…)

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No Rio, protesto contra Temer pede nova eleição para a Presidência da República

Isabela Vieira – Repórter da Agência Brasil

Manifestantes foram às ruas ontem (4) no Rio de Janeiro, para protestar contra o governo do presidente Michel Temer. Um grupo entre 7 mil e 10 mil pessoas, segundo os organizadores, caminhou do Hotel Copacabana Palace até o Canecão – tradicional casa de shows –, na zona sul carioca. A Polícia Militar não estimou o número de manifestantes. A menos de uma semana do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, cartazes e palavras de ordem pediram a saída do governo e novas eleições para a Presidência da República. (mais…)

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O Brasil sob o golpe: seis hipóteses polêmicas (II)

O lulismo parece esgotado, apesar de sua enorme importância histórica. Um novo projeto exige relançar reformas estruturais e fugir do eleitoralismo

Por Antonio Martins – Outras Palavras

[Artigo em seis partes. Leia também a hipótese 1]

À primeira vista, pode parecer inapropriado e cruel examinar as insuficiências da lulismo no momento em que ele é arrancado do governo por um conluio das elites, e em que o próprio Lula está ameaçado de prisão arbitrária e injusta. Mas a impressão é falsa. Primeiro, porque a crítica é a melhor homenagem que se presta aos processos de transformação aos quais nos sentimos ligados, intelectual ou afetivamente. Enxergar seus erros, superá-los, é permitir que estes processos não se percam no tempo, mas passem o bastão e re-existam, no bojo do novo que precisa surgir – e também receberá, um dia, a merecida crítica. Segundo, porque uma visão dialética do golpe implica ir além da denúncia das elites. Elas sempre buscarão derrubar governos que ameaçam sua dominação. Cabe investigar por que foram capazes; que debilidades exploraram; como evitar que tais elas se repitam. (mais…)

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