Juizado faz mutirão de ações contra a Samarco em Linhares, ES

Maioria dos processos é de autoria dos moradores de Vila de Regência. Ação acontece nos dias 07, 14 e 21 de outubro

Na Gazeta Online*

O 2° Juizado Especial Cível de Linhares, no Espírito Santo, vai fazer um mutirão para a conciliação de processos com pedidos de indenização contra a mineradora Samarco, após danos causados pelo rompimento da barragem de Mariana. A ação acontece nos dias 07, 14 e 21 de outubro.

Segundo o juizado, dos 82 processos, a maioria é de autoria dos moradores de Vila de Regência, uma das regiões mais afetadas pela enxurrada de rejeitos que atingiu o Litoral do Espírito Santo.

Os atendimentos serão feitos no fórum do município, entre 8h às 17h30, com intervalos para o almoço. A equipe que atuará durante as conciliações será coordenada pelo juiz titular da Vara, Wesley Sandro Campana dos Santos.

Contando que serão analisadas ações que tratam de um mesmo assunto, o objetivo é dar agilidade aos processos e atender as demandas da sociedade.

Desastre no Rio Doce

No dia 5 de novembro de 2015, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, uma barragem da Samarco, cujas donas são a Vale e a BHP Billiton, se rompeu. Uma lama de rejeitos de minério vazou, arrasou vilas, matou pessoas e chegou até o Rio Doce, que percorre cidades mineiras e capixabas. No Espírito Santo, as cidades afetadas foram Baixo Guandu, Colatina e Linhares, onde fica a foz do rio.

Defensorias se unem para resolver processos

As defensorias públicas da União e dos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais criaram um grupo interdefensorial para auxiliar as pessoas afetadas pelo desastre no Rio Doce, que foi atingido pela lama proveniente do rompimento de uma barragem da Samarco.

As pessoas que tiveram danos comprovados ou que queiram ajuda para comprovar as perdas podem procurar ajuda. O objetivo é prestar atendimento nos mesmos lugares que a Samarco vai instalar escritórios para tratar das indenizações, o que deve acontecer a partir de outubro.

De acordo com o defensor público do União João Marcos Mariano, o trabalho que estava sendo feito anteriormente se mostrou insuficiente em comparação ao tamanho do desastre ambiental.

“As defensorias da União e do estado do Espírito Santo já vinham atuando nessa questão desde o início. Só que esse trabalho de formiguinha vinha se mostrando aquém do tamanho do evento. Há quem diga que seja o maior dano ambiental causado por rompimento de barragem no mundo. O grupo interdefensorial foi criado para que quando as pessoas sejam chamadas pela Samarco, elas possam ter um acesso preparado de defensoria para receber esse fluxo de pessoas, que vai ser grande”, explicou.

*Com informação do G1.

Imagem: A lama mudou a cor da água do Rio Doce na praia de Regência, onde o rio deságua no mar, em Linhares (Foto: Fred Loureiro/Secom-ES)

 Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.

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