Favela bicentenária do Horto redobra resistência à remoção enquanto uma família recebe ordem de despejo

Por Laura Bachmann, no RioOnWatch

Moradores da verde e pacífica favela do Horto no bairro do Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio, estão organizando sua resistência em resposta à decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) autorizando ao Jardim Botânico a remover os moradores. Em 10 de agosto, o TCU anunciou que o Jardim Botânico tinha 90 dias para remover a histórica comunidade. Enquanto mais de dois terços do período de 90 dias já se passou, a remoção ainda não começou, pois as partes envolvidas aguardam os resultados das eleições para prefeito para entender melhor se a prefeitura irá apoiar as remoções. O primeiro turno das eleições municipais aconteceu em 2 de outubro, e o segundo turno das eleições para prefeito entre Marcelo Freixo e Marcelo Crivella acontecerá no dia 30 de outubro. (mais…)

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Carta pública: alerta de emergência pelo Povo Guarani e os direitos indígenas

Nós, professores kaiowa e guarani e pesquisadores indígenas e não indígenas de todo o Brasil reunidos em Dourados (MS), entre os dias 06 e 08 de outubro de 2016, durante o 1º Seminário Internacional Etnologia Guarani – Diálogos e Contribuições, promovido pela Faculdade Intercultural Indígena e pela Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), vimos a público nos manifestar a respeito das graves ameaças que atualmente pairam sobre o povo Guarani e que podem representar um ataque definitivo aos direitos dos povos indígenas em todo o Brasil, garantidos pela Constituição Federal. (mais…)

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Transamazônica 6: Em busca de alternativas, comunidades experimentam com a produção de chocolate e mingau de babaçu

Por Fabiano Maisonnave e Lalo Almeida, enviados especiais da Folha

Não é só madeira, ouro e gado que circulam pela Transamazônica paraense. Sob potentes ares-condicionados, uma fábrica está transformando em chocolate parte do cacau de Medicilândia, cidade a 537 km em linha reta de Belém, o maior produtor nacional da fruta. Perto de Uruará (a 635 km de Belém, em linha reta), a castanha-do-pará já sai da floresta embalada, e pequenos agricultores complementam a renda vendendo farinha de babaçu para escolas municipais. (mais…)

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Transamazônica 4: Garimpo ilegal faz brotar até churrascaria em torno de aeroporto à beira da rodovia

Por Fabiano Maisonnave e Lalo Almeida, enviados especiais da Folha

Num dos trechos mais isolados da Transamazônica, o km 180, no município de Itaituba (a cerca de 890 km de Belém, em linha reta), parece miragem: três avionetas estacionadas a poucos metros da rodovia, hotel, churrascaria, açougue, borracharia, posto informal de combustível e um minimercado. Tudo para atender o “amigo garimpeiro”, como anuncia a placa na entrada. (mais…)

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Transamazônica 3: 300 anos após contato, índios pirahãs ainda resistem a aprender português

Por Fabiano Maisonnave e Lalo Almeida, enviados especiais da Folha

À primeira vista, parece um ritual de pobreza. O ônibus estaciona na lanchonete da Sula, a 90 km de Humaitá (AM), e logo mulheres e crianças pirahãs, descalças e em roupas puídas, se aglomeram em torno dos passageiros. Quando têm sorte, saem carregadas com sacos de salgadinho e garrafas de refrigerante. (mais…)

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Transamazônica 2: Última parada da rodovia sedia nova frente de expansão do desmatamento na Amazônia

Por Fabiano Maisonnave e Lalo Almeida, enviados especiais da Folha

Bode Velho, Bode Preto e Bode Augusto. Bastam alguns minutos de conversa em Lábrea, a última cidade da Transamazônica, a 700 km em linha reta de Manaus, para que ao menos um dos irmãos apareça na história.

Não é para menos. Filhos de um seringueiro cearense, são um caso raro de ascensão social na região. Atualmente, estão envolvidos em quase tudo na cidade, uma das mais novas e devastadoras fronteiras de desmatamento na Amazônia. (mais…)

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