Vigilância 24h: agora também nos ônibus

Chocante: como as empresas privadas de transporte do Rio coletam sem alarde múltiplos dados dos passageiros e podem vendê-los, entregá-los à polícia e zombar de quem pede explicações

Por Igor Natusch, Natasha Felizi e Joana Varon, no Chupadados |Investigação jurídica: Flavio Siqueira | Colaboração: Fernanda Távora – Outras Palavras

Todos os dias, mais de 8 milhões de transações são feitas com o uso direto ou indireto do Bilhete Único no Rio de Janeiro. O serviço permite o uso de diferentes linhas de ônibus, trens e metrô com gratuidades ou descontos. Para ter um Bilhete Único, é necessário adquirir o cartão da RioCard e cadastrar nome, CPF e data de nascimento. Caso você seja funcionário de uma empresa e tenha vale-transporte, são cadastradas também informações sobre sua profissão, número da carteira de trabalho e onde trabalha. Se for estudante de ensino médio, o sistema RioCard saberá qual seu nível de escolaridade e a instituição de ensino que você frequenta. Para quem estuda a partir de programas de baixa renda, entram na conta as informações que comprovam a necessidade de benefício, não só do portador do cartão, como também de seus familiares. Somadas aos dados sobre onde tomamos ônibus todos os dias e em que horário, essas informações dão uma ideia muito clara sobre quem somos e o que fazemos, o que torna muito fácil saber como é nosso dia a dia e prever nossas ações. (mais…)

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Equador: índios Shuar são expulsos para dar lugar a uma mina chinesa

Cimi*

Um novo apelo em favor do povo indígena Shuar do Equador chega da Repam, a Rede Eclesial Panamazônica, que, na última sexta-feira, emitiu um detalhado comunicado de imprensa para manifestar a sua “preocupação e firme denúncia dos acontecimentos recentes com relação ao povo Shuar do Equador, na província de Morona Santiago, especificamente com respeito ao desalojamento dos povoadores, indígenas e agricultores, da comunidade Nankints, em favor dos interesses da empresa de mineração chinesa Ecuacorrientes S.A.”. (mais…)

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A escravidão não acabou

349 empregadores ainda submetem os contratados a condições degradantes e subumanas

por Renan Truffi — CartaCapital

Com um adiantamento que podia chegar a cerca de 60 reais, dezenas de trabalhadores rurais foram seduzidos na década de 1990 para capinar juquira na Fazenda Brasil Verde, no Sul do Pará. Essa espécie de mato, conhecida por incomodar fazendeiros na criação de gado, foi a principal razão para um dos casos mais simbólicos de flagrante de trabalho escravo na história do País. No último mês de dezembro, enfim, a consequência: o Brasil foi a primeira nação a ser condenada pela Corte Interamericana de Direitos Humanos por não prevenir a prática de trabalho escravo moderno e de tráfico de pessoas. (mais…)

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Trabalho escravo contemporâneo é marcado por obstáculos e omissões dos poderes públicos. Entrevista especial com Xavier Plassat

Vitor Necchi – IHU On-Line

No final de 2016, uma decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) em relação ao Brasil estabeleceu um marco histórico, ao mesmo tempo em que expõe o país para a comunidade internacional. No dia 15 de dezembro, o Estado brasileiro foi condenado por não garantir a proteção de 85 trabalhadores submetidos à escravidão contemporânea e ao tráfico de pessoas, além de não ter assegurado a realização de justiça também para outros 43 trabalhadores resgatados desta mesma condição. “Os parâmetros definidos neste julgamento inaugural se tornam referência e, no futuro, formarão jurisprudência para situações e contenciosos semelhantes, no Brasil e nas Américas, especialmente para a definição do que deve ser considerado como responsabilidade e dever do Estado no enfrentamento à escravidão moderna e ao tráfico de pessoas”, avalia o frei dominicano Xavier Plassat, coordenador da Campanha Nacional de Prevenção e Combate ao Trabalho Escravo da Comissão Pastoral da Terra – CPT. (mais…)

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Distribución de tierras. Lo primero es la desigualdad

La distribución de tierras en Latinoamérica es la peor en el mundo, el dato surge de una investigación de la ong Oxfam. En Argentina, el 1 por ciento concentra el 36 por ciento de la tierra

Por Darío Aranda – Página 12 / Servindi

El 1 por ciento de las estancias más grandes de América Latina acapara la mitad de la tierra agrícola y el 80 por ciento de las fincas cuentan con solo el 13 por ciento del territorio. “América latina es la región del mundo más desigual en la distribución de la tierra”, asegura una reciente investigación de la ONG internacional Oxfam. En Argentina, el 1 por ciento de las estancias más grandes concentra el 36 por ciento de la tierra. La injusta distribución tiene directa relación con el avance minero, petrolero, agronegocio y forestal. “El extractivismo ha dado lugar a una crisis de derechos humanos en la región, amenaza derechos y libertades fundamentales”, alerta Oxfam. (mais…)

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