Na Bahia, educadores da Reforma Agrária debatem agroecologia e políticas educacionais

O encontro contou com uma programação que discutiu o atual cenário brasileiro, com foco nas perdas de direitos que influenciam diretamente nas políticas educacionais

Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

Com o tema “Educação do Campo: Formação Agroecológica no projeto de Reforma Agrária”, cerca de 80 educadores e educadoras populares participaram, entre os dias 19 e 20/5, do 18º Encontro de Educadores e Educadoras da Brigada Aloísio Alexandre, no Assentamento Paulo Freire, em Mucuri.

O encontro contou com uma programação que discutiu o atual cenário brasileiro, com foco nas perdas de direitos que influenciam diretamente nas políticas educacionais, por exemplo, o Programa Escola Sem Partido e a Reforma da Previdência.

Educação agroecológica

Durante o evento, foram apresentadas as sistematizações de diversas experiências agroecológicas realizadas nas escolas de assentamento e acampamentos da brigada.

Diante disso, foi apontado como desafio a qualificação dessas atividades e sua projeção, para garantir a temática no currículo escolar dos municípios.

De acordo com Abraão Brito, do coletivo de educação do MST na Bahia, estamos passando por um momento de crise politica em nosso país e “entendemos que a formação é um dos caminhos para driblar a atual conjuntura”, explicou.

“É de suma importância realizarmos um encontro como esse, para apresentarmos nossas práticas e acumularmos no campo da luta política, pois não há educação desassociada da luta. É fundamental avançarmos em uma reflexão desses conteúdos para contribuir na consolidação e elaboração de uma nova matriz tecnológica. Este é um de nossos grandes desafios: avançar na discussão em torno da agroecologia”, concluiu Brito.

Formação

Além das palestras foram realizadas rodas de conversas para debater, de forma ampla, os desafios e planejar ações que podem contribuir na construção do processo de formação dos educadores e educadoras.

Nesse sentido, Marisa Batista, da direção estadual do Movimento, acredita que ser necessário construir mais espaços como esse para ampliar o diálogo com as famílias assentadas e acampadas.

Para ela, através da escola é possível fortalecer as ações educacionais que estão ligadas a agroecologia, ou seja, com o nosso projeto de produção para o campo.

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