Comissão tenta intermediar conflito fundiário em Grão Mogol

Deputados visitarão ocupação em distrito do município. Geraizeiros pedem demarcação de território tradicional

Assembleia Legislativa de Minas Gerais

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza na próxima quinta-feira (1º/6/17) visita ao município de Grão Mogol (Norte de Minas), a partir das 9 horas, para verificar os conflitos fundiários existentes na ocupação agrária no distrito do Vale das Cancelas. O autor do requerimento é o presidente da comissão, deputado Cristiano Silveira (PT).

“O objetivo é conversar com os moradores da ocupação, conhecer suas demandas e verificar a possibilidade de diálogo entre as partes. Queremos fazer essa intermediação para que possamos encontrar a melhor solução para esse conflito”, explica o parlamentar.

A visita será a dois acampamentos: Alvimar Ribeiro dos Santos, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), e Comunidade Curral das Varas 2. Eles estão numa fazenda ocupada por dezenas de famílias de geraizeiros, termo que designa populações tradicionais que vivem nos cerrados do Norte de Minas.

Os ocupantes dos acampamentos cobram a demarcação de terra do território tradicional de seu povo. A terra em questão também é disputada por empresas produtoras de eucalipto da região.

Conforme o deputado, moradores da ocupação reclamam de perseguição. “Eles também dizem que não estão tendo acesso a serviços básicos, como água e energia elétrica. É preciso que esses pontos sejam esclarecidos para que essas famílias possam se estabelecer de forma regular na região”, completa Cristiano Silveira.

Convidados

Foram chamados a acompanhar a visita o coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Conflitos Agrários, promotor Afonso Henrique de Miranda Teixeira; o coordenador de Inclusão e Mobilização Sociais do Ministério Público (MP), promotor André Sperling Prado; a assessora da Coordenadoria de Inclusão e Mobilização Social Norte do MP, Marcella Nunes Cordeiro Costa; e a assessora da Procuradoria Geral de Justiça, Meire Andréa Borges David.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por Ricardo Álvares.

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