#Saúdeambiental – Febre amarela, do século XIX a 2018: o que Oswaldo Cruz faria nos dias de hoje?

Por Sucena Shkrada Resk, no Cidadãos do Mundo

Final do século XIX e 2018. Neste ir e vir da história, a questão sanitária no Brasil é ainda o calcanhar de aquiles que permeia a condução da gestão pública no país. Hoje o aumento do número de casos comprovados e suspeitos de febre amarela silvestre (pelos vetores Haemagogus ou o Sabethes, que transmitem o vírus RNA) acenderam a luz amarela para a versão urbana da doença, sobre a qual não há registros desde 1942, cujo vetor é o Aedes Aegypti. (mais…)

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O sistema imunológico do Poder Judiciário

Por Frei Sergio Antônio Görgen ofm*

A saúde do Corpo Judiciário do Estado Brasileiro está ameaçada por uma doença grave, altamente contaminante, sobre a qual, a auto-consciência do próprio corpo ainda é incipiente, porém, crescente.

A auto-consciência sobre a doença e seu estado em setores do Judiciário indicam que, se o vírus que contamina e adoece partes do corpo não for controlado logo, contaminará  inevitavelmente todo o corpo. O vírus originante da doença começa a ser identificado em suas causas e consequências e atende por vários nomes: desrespeito à Constituição e às Leis, parcialidade, militância partidária disfarçada ou ostensiva, utilização do Poder como instrumental de perseguição política, supressão de garantias constitucionais  sagradas como amplo direito de defesa e presunção de inocência e, por derradeiro, ufanismo público diante de um precário e momentâneo heroísmo midiático. (mais…)

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O juiz Marcelo Bretas tem razão: a Justiça nos dá medo! Mas fracassamos?, por Lênio Streck

Por Lenio Luiz Streck, no Conjur

O título deste artigo também poderia ser “O juiz Bretas e o caminhão de apanhar crianças”, tudo em alusão aos medos que nos impunham quando crianças. Até hoje lembro disso quando vejo determinados caminhões que tem aquele focinho (e não a cabine reta — ver aqui).

Li a entrevista do juiz Marcelo Bretas, 7ᵃ Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, dizendo que a Justiça tem de ser temida (ler aqui). Trata-se do mesmo juiz que já disse, em outra ocasião, que a Bíblia era o principal livro do fórum em que atuava (ler aqui). Deve ser influência do velho testamento. Talvez o juiz se refira ao uso do Código Penal da Bíblia, o livro Deuteronômio. A ver. (mais…)

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Indígenas Ka’apor do Maranhão buscam romper com o resto da sociedade

Conhecidos por expulsar madeireiros do seu território, os Ka’apor trabalham em um movimento maior, que busca a autonomia para controlar seu território

Por Piero Locatelli, da Terra Indígena Alto Turiaçu (MA), no Repórter Brasil

Em uma das regiões mais pobres do país, os Ka’apor cansaram de esperar ajuda e decidiram romper com a sociedade dos karaís, como chamam os não indígenas. Há anos eles expulsam madeireiros de dentro de suas terras. Fazem isso com as próprias mãos e muitas vezes com o uso de violência. (mais…)

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Na história ninguém ri por último, por Roberto Malvezzi (Gogó)*

O golpe conseguiu quase tudo que queria, mas três pontos fundamentais ainda não foram lacrados, como diz a juventude.

Um deles é a reforma da previdência. Talvez ainda consigam, mas não está fácil, porque mexe com os interesses dos eleitores desses deputados e senadores, além de parentes e amigos. Mas, a aprovação dessa perversão é fundamental para atirar as pessoas nos braços da previdência privada, pelo menos é esse o objetivo da proposta. Pessoalmente, tenho dúvidas que uma classe média mais pobre e endividada vá recorrer a planos de saúde cada vez mais caros e precários. Conheço pessoas que pagam planos caros e, na hora que precisou de uma cirurgia, teve que desembolsar alguns mil reais por fora para que o médico aceitasse fazer o que já estava pago. (mais…)

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Na via do meio [sobre o suicídio indígena]

Suicídio indígena bate recordes. Mais do que opção, morte voluntária é consequência de uma existência em conflito, uma vida de quase-nada

Juliana Gonçalves – Revista Trip

Tinham uma casa na beira do rio. A família todo assistiu ao dia em que o pai saiu de casa sem motivo aparente e entrou na canoa. Não cruzou rio, não voltou. Deixou sua canoa ali, nem numa margem, nem na outra. Flutuava pelo meio. Nunca mais falou palavra nenhuma. Seu corpo no meio do rio vira uma terceira margem. (mais…)

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Cinco maneiras que ativistas de favelas usam o Facebook para resistirem às remoções

Lucas Smolcic Larson – RioOnWatch

No Brasil, 52.5% da população têm um perfil no Facebook, sendo o terceiro maior país em usuários no mundo. E as favelas são o coração da febre das redes sociais no país, já que 59% dos moradores de favela usam a internet, mais do que os 54% dos moradores do asfalto, de acordo com um estudo do Data Favela, de 2015. No Rio, 90% dos jovens de favela acessam a internet regularmente –apesar de suas comunidades serem algumas das últimas partes da cidade a receberem sistemas formais de telecomunicações– e mesmo com o padrão de exclusão das favelas quanto a infraestrutura tecnológica e serviços sociais. No entanto, a grande disponibilidade de smartphones e cobertura 4G permitem que muitos acessem a internet sem ter um computador. (mais…)

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