Trabalhadores Invisíveis? “Mba’Apo – Trabalhadores Indígenas” (documentário em 5 partes)

MBA’APO – Trabalhadores Indígenas

Todos os dias uma leva de Índios atravessa a via de acesso que liga a reserva indígena de Dourados à cidade, para construírem as casas, recolherem o lixo, trabalharem nas indústrias e em algumas das funções mais difíceis e menos valorizadas pelos brancos. Nada de novo. Tem sido assim desde o início da colonização. Ainda assim persiste a ideia do índio vagabundo. Porque? O documentário MBA’APO: TRABALHADORES INDÍGENAS conta em 5 partes a trajetória dos Índios Guarani, Kaiowá e Terena no mundo do trabalho e do preconceito da sociedade branca.

Direção, roteiro e produção: Bruno Dias e Diego Capilé.

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Parte 1:

Geração após geração, os indígenas vêm sendo usados pelos não índios como mão de obra barata nos trabalhos mais insalubres. Apesar disso, persiste generalizada a ideia do índio indolente e vagabundo. O documentário MBA’APO: TRABALHADORES INDÍGENAS ouviu as histórias de índios Guarani, Kaiowá e Terena da Reserva Indígena de Dourados e região e acompanhou um pouco da sua rotina de trabalho.

MBA'APO: TRABALHADORES INDÍGENAS – parte 1

Geração após geração, os indígenas vêem sendo usados pelos não índios como mão de obra barata nos trabalhos mais insalubres. Apesar disso, persiste generalizada a ideia do índio indolente e vagabundo.O documentário MBA'APO: TRABALHADORES INDÍGENAS ouviu as histórias de índios Guarani, Kaiowá e Terena da Reserva Indígena de Dourados e região e acompanhou um pouco da sua rotina de trabalho.Assista a primeira de cinco partes do documentário e não perca a continuação que lançaremos nos próximos dias.

Publicado por Mba'apo – Trabalhadores Indígenas em Quarta-feira, 29 de novembro de 2017

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Parte 2:

No decorrer da colonização da região sul do Mato Grosso do Sul, os indígenas foram usados como mão de obra barata nas principais atividades econômicas empreendidas pela sociedade não índia.  Na parte 1 do documentário MBA’APO: TRABALHADORES INDÍGENAS conversamos com remanescentes dos ervais e relembramos o esforço do próprio governo em transformar e organizar os índios como trabalhadores nacionais. Agora na parte 2, índios guarani, kaiowá e terena falam sobre a participação indígena nas derrubadas de matas, plantio de lavouras e pastos e na indústria da cana durante as décadas que sucederam o auge da exploração ervateira.

MBA'APO: TRABALHADORES INDÍGENAS – parte 2

MBA'APO: TRABALHADORES INDÍGENAS – parte 2No decorrer da colonização da região sul do Mato Grosso do Sul, os indígenas foram usados como mão de obra barata nas principais atividades econômicas empreendidas pela sociedade não índia. Na parte 1 do documentário MBA'APO: TRABALHADORES INDÍGENAS conversamos com remanescentes dos ervais e relembramos o esforço do próprio governo em transformar e organizar os índios como trabalhadores nacionais.Agora na parte 2, índios guarani, kaiowá e terena falam sobre a participação indígena nas derrubadas de matas, plantio de lavouras e pastos e na indústria da cana durante as décadas que sucederam o auge da exploração ervateira.

Publicado por Mba'apo – Trabalhadores Indígenas em Segunda, 11 de dezembro de 2017

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Parte 3:

Em 2012, uma reportagem na internet anunciava que a criação de uma nova reserva na área urbana de Dourados poderia travar o desenvolvimento da cidade. Nos comentários, o ódio contra os índios transbordou além do habitual.
“Fora com essa indiada que só quer saber de vagabundear, beber pinga e o pior, começar a travar o desenvolvimento de nossas cidades” – dizia um internauta. Outro ameaçava matar índios “à paulada”. Entretanto, para além dos comentários da internet, toda manhã uma leva de indígenas cruza a via de acesso que liga a reserva à cidade, a maioria de bicicleta, para construir nossas casas, recolher nosso lixo, trabalhar nas tarefas domésticas, nas indústrias e nas ocupações mais pesadas e insalubres. A terceira parte do documentário MBA’APO: TRABALHADORES INDÍGENAS mostra um pouco das histórias desses homens e mulheres tão presentes e ainda assim invisíveis para muitos.

MBA'APO: TRABALHADORES INDÍGENAS – Parte 3

MBA'APO: TRABALHADORES INDÍGENAS – Parte 3Em 2012, uma reportagem na internet anunciava que a criação de uma nova reserva na área urbana de Dourados poderia travar o desenvolvimento da cidade. Nos comentários, o ódio contra os índios transbordou além do habitual."Fora com essa indiada que só quer saber de vagabundear, beber pinga e o pior, começar a travar o desenvolvimento de nossas cidades" – dizia um internauta. Outro ameaçava matar índios "à paulada".Entretanto, para além dos comentários da internet, toda manhã uma leva de indígenas cruza a via de acesso que liga a reserva à cidade, a maioria de bicicleta, para construir nossas casas, recolher nosso lixo, trabalhar nas tarefas domésticas, nas indústrias e nas ocupações mais pesadas e insalubres. A terceira parte do documentário MBA'APO: TRABALHADORES INDÍGENAS mostra um pouco das histórias desses homens e mulheres tão presentes e ainda assim invisíveis para muitos.

Publicado por Mba'apo – Trabalhadores Indígenas em Terça-feira, 19 de dezembro de 2017

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Parte 4:

Perguntamos a um feirante de Dourados se ele mesmo produziu a mandioca que estava vendendo em sua banca. Ele explica que “…o preço não é compensativo pra nós produzirmos, então vamos comprar de quem está produzindo, né? Se está compensando pra ele.” O produto foi comprado da reservas indígena próxima à cidade, que também fornece alimentos para diversas feiras e mercados, contribuindo assim para o controle do preço dos alimentos. Na parte 4 do documentário MBA’APO: TRABALHADORES INDÍGENAS, conversamos com produtores indígenas da região de Dourados e ouvimos o que eles tem a dizer sobre a ideia de que os índios são vagabundos.

MBA'APO: TRABALHADORES INDÍGENAS – Parte 4

Perguntamos a um feirante de Dourados se ele mesmo produziu a mandioca que estava vendendo em sua banca. Ele explica que "…o preço não é compensativo pra nós produzirmos, então vamos comprar de quem está produzindo, né? Se está compensando pra ele." O produto foi comprado da reservas indígena próxima à cidade, que também fornece alimentos para diversas feiras e mercados, contribuindo assim para o controle do preço dos alimentos. Na parte 4 do documentário MBA'APO: TRABALHADORES INDÍGENAS, conversamos com produtores indígenas da região de Dourados e ouvimos o que eles tem a dizer sobre a ideia de que os índios são vagabundos.

Publicado por Mba'apo – Trabalhadores Indígenas em Sábado, 30 de dezembro de 2017

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Parte 5:

Em Guarani, “karai reko” é o modo de ser dos não indígenas, ou seja é a forma como a sociedade chefiada pelos homens brancos lida com o mundo, com a natureza e com os outros. Já quando querem se referir ao seu próprio modo de vida os Guarani e Guarani Kaiowá dizem “nhande reko”: o nosso modo de ser. Na quinta e última parte do documentário MBA’APO: TRABALHADORES INDÍGENAS, indios falam sobre as dificuldades de viver seu modo de vida estando em contato permanente e submetidos a uma cultura marcada pela competição sem fim e pela superexploração da natureza e dos outros.

MBA'APO: TRABALHADORES INDÍGENAS – Parte 5

Em Guarani, "karai reko" é o modo de ser dos não indígenas, ou seja é a forma como a sociedade chefiada pelos homens brancos lida com o mundo, com a natureza e com os outros. Já quando querem se referir ao seu próprio modo de vida os Guarani e Guarani Kaiowá dizem "nhande reko": o nosso modo de ser.Na quinta e última parte do documentário MBA'APO: TRABALHADORES INDÍGENAS, indios falam sobre as dificuldades de viver seu modo de vida estando em contato permanente e submetidos a uma cultura marcada pela competição sem fim e pela superexploração da natureza e dos outros.

Publicado por Mba'apo – Trabalhadores Indígenas em Sexta, 12 de janeiro de 2018

Enviada para Combate Racismo Ambiental por Gustavo Guerreiro.

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