Na prática, ministros do STF agridem a democracia, escreve Conrado Hübner Mendes, professor da USP

RESUMO Professor de direito constitucional da USP faz duras críticas ao STF. Afirma que a corte, numa espiral de autodegradação, passou de poder moderador a poder tensionador, que multiplica incertezas e acirra conflitos. Explicações para isso se encontram na atuação dos ministros e no desarranjo de ritos e procedimentos.

Por Conrado Hübner Mendes, na Folha/Ilustríssima

O Supremo Tribunal Federal é protagonista de uma democracia em desencanto. Os lances mais sintomáticos da recente degeneração da política brasileira passam por ali. A corte está em dívida com muitas perguntas, novas e velhas, e vale lembrar algumas delas antes que os tribunais voltem do descanso anual nos próximos dias.

Se Delcídio do Amaral (PT-MS), Eduardo Cunha (MDB-RJ), Renan Calheiros (MDB-AL) e Aécio Neves (PSDB-MG) detinham as mesmas prerrogativas parlamentares, por que, diante das evidências de crime, receberam tratamento diverso?

Se houve desvio de finalidade no ato da presidente Dilma Rousseff (PT) em nomear Lula (PT) como ministro, por que não teria havido o mesmo na conversão, pelo presidente Michel Temer (MDB), de Moreira Franco (MDB) em ministro?

Se o STF autorizou a prisão após condenação em segunda instância, por que ministros continuam a conceder habeas corpus contra a orientação do plenário, como se o precedente não existisse?

Se a restrição ao foro privilegiado já tem oito votos favoráveis, pode um ministro pedir vista sob alegação de que o Congresso se manifestará a respeito? Pode ignorar o prazo para devolução do processo?

Se lá chegam tantos casos centrais da agenda do país, como pode um magistrado, sozinho, manipular a pauta pública ao seu sabor (por meio de pedidos de vista, de liminares engavetadas etc.)?

Se o auxílio-moradia para juízes, criado em 2014, custa ao país mais de R$ 1 bilhão por ano, como pôde um ministro impedir que o plenário se manifestasse até aqui? Se a criminalização do porte de drogas responde por grande parte do encarceramento em massa brasileiro, como pode um pedido de vista interromper, por anos, um caso que atenuaria o colapso humanitário das prisões?

Se um ministro afirma que Ricardo Lewandowski “não passa na prova dos 9 do jardim de infância do direito constitucional”, que Luís Roberto Barroso tem moral “muito baixinha”, que Marco Aurélio é “velhaco”, que Luiz Fux inventou o “AI-5 do Judiciário”, que Rodrigo Janot é “delinquente” e que Deltan Dallagnol é “cretino absoluto”, e além disso tem amigos espalhados entre o empresariado e a classe política julgados pelo STF, como expressará isenção nesses casos?

Se a Lei Orgânica da Magistratura proíbe juízes de se manifestarem sobre casos da pauta, como podem ministros antecipar posições a todo momento nos jornais?

A lista de perguntas poderia seguir, mas já basta para notar o que importa: as respostas terão menos relação com o direito e com a Constituição do que com inclinações políticas, fidelidades corporativistas, afinidades afetivas e autointeresse.

O fio narrativo, portanto, pede a arte de um romancista, não a análise de um jurista. Ao se prestar a folhetim político, o STF abdica de seu papel constitucional e ataca o projeto de democracia.

CHOQUE DE REALIDADE

A separação de Poderes conferiu lugar peculiar ao Supremo. O Parlamento é eleito, o STF não. O parlamentar pode ser cobrado e punido por seus eleitores, os ministros do STF não. O presidente da República é eleito e costuma ser o primeiro alvo das ruas, os membros do STF estão longe disso. A corte suprema tem o poder de revogar decisões de representantes eleitos.

É um tribunal que se autorregula e não responde a ninguém. O que justifica tanto poder e a imunização contra canais democráticos de controle?

Há boas respostas teóricas para esse arranjo. Para alguns, a integridade constitucional depende de um órgão capaz de pairar acima dos conflitos partidários, praticar a imparcialidade e assumir o papel de poder moderador. Para outros, mais do que apenas moderar, caberia ao tribunal inspirar respeito por seus argumentos jurídicos, que tecem padrões decisórios e constroem jurisprudência.

A autoimagem construída pelo STF foi ainda mais longe. Apresentou-se como a última trincheira dos cidadãos, incumbido da missão de salvar a democracia de si mesma, domesticar maiorias, amparar e incluir minorias.

No ápice da automistificação, o ministro Barroso imaginou a corte como “vanguarda iluminista que empurre a história” na direção do progresso moral e civilizatório (Vinicius Mota descreveu a ideia no dia 14/1).

A crise política e a erosão de direitos dos últimos anos trouxe ao Supremo a oportunidade (e o ônus) de atender a suas promessas. A resposta, porém, foi um choque de realidade.

O desarranjo procedimental cobrou seu preço. Despreparado para a magnitude do desafio, o tribunal reagiu da forma lotérica e volátil de sempre. A prática do STF ridiculariza aquele autorretrato heroico, frustra as mais modestas expectativas e corrói sua pretensão de legitimidade.

Por não conseguir encarnar o papel de árbitro, o tribunal tornou-se partícipe da crise. Já não é mais visto como aplicador equidistante do direito, mas como adversário ou parceiro de atores políticos diversos. Desse caminho é difícil voltar.

Atado a uma espiral de autodegradação, o poder moderador converteu-se em poder tensionador, que multiplica incertezas e acirra conflitos. O ator que deveria apagar incêndios fez-se incendiário. Não foi vítima da conjuntura, mas da própria inépcia. A vanguarda iluminista na aspiração descobriu-se vanguarda ilusionista na ação (e na inação).

A síntese do desgoverno procedimental do STF está em duas regras não escritas: quando um não quer, 11 não decidem; quando um quer, decide sozinho por liminar e sujeita o tribunal ao seu juízo de oportunidade. Praticam obstrução passiva no primeiro caso, e obstrução ativa no segundo.

ILUSIONISMO

Como opera esse poder tensionador? Para decifrar a vanguarda ilusionista, precisamos olhar para além do resultado de cada decisão (se prende ou solta, se anula ou valida). Deve-se prestar mais atenção ao procedimento que gerou tal resultado e ao argumento que o justifica. É no procedimento e no argumento que mora o ilusionismo.

A síntese do desgoverno procedimental do STF está em duas regras não escritas: quando um não quer, 11 não decidem; quando um quer, decide sozinho por liminar e sujeita o tribunal ao seu juízo de oportunidade. Praticam obstrução passiva no primeiro caso, e obstrução ativa no segundo.

A contradição entre as duas regras é só aparente, pois a arte do ilusionismo permite sua coexistência. Manda a lógica do “cada um por si”, nas palavras de editorial da Folha (24/12).

O argumento constitucional do Supremo já não vale o quanto pesa e tornou-se embrulho opaco para escolhas de ocasião. Basta olhar com lupa as incoerências na fundamentação de casos juridicamente semelhantes que recebem decisão diversa.

A expressão “jurisprudência do STF” sobrevive como licença poética, pois perdeu capacidade de descrever ou nortear a prática decisória do tribunal. Perdeu dignidade conceitual e até mesmo retórica.

No âmbito da esfera pública, o ilusionismo serve para desviar a atenção, responder o que não se perguntou, jogar fumaça na controvérsia e confundir o interlocutor.

O ministro Gilmar Mendes, por exemplo, é praticante rotineiro dessa técnica. Publicou nesta Folha (17/1) artigo em defesa do habeas corpus (HC). Invoca o direito abstrato à liberdade, do qual ninguém discordará, e se desvia das críticas contra suas decisões recentes.

As críticas às quais Mendes reage nunca miraram o HC em si, mas as evidências de suspeição para julgar, de forma monocrática, pessoas do seu círculo pessoal e político. O ministro se apresenta como defensor da liberdade, mas suas decisões passam a impressão de ser defensor dos amigos. Para dissipar essa impressão, basta que se declare suspeito —o que se recusa a fazer.

Manha ilusionista: discursar sobre o ideal revolucionário da liberdade e silenciar sobre a liberdade concedida a amigos indiciados.

O ilusionismo, nas suas faces procedimental e argumentativa, retira das decisões do STF o selo de integridade institucional.

Por essa razão, tem sido pouco útil aos advogados e analistas da corte perguntar se o texto da Constituição é lido de modo apropriado, se nossas categorias de análise dão conta da tarefa interpretativa e se o tribunal pratica ativismo ou deferência —questões nobres do debate constitucional.

Mais importante é conhecer a biografia do ministro e sua capacidade de atender a ética da imparcialidade, da responsabilidade e da colegialidade.

A ambição do Estado de Direito é produzir um “governo das leis, não dos homens”. Soa como slogan a serviço da distorção ideológica, mas o sentido da expressão não tem nada de esotérico.

A mensagem é mais modesta: não quer dizer que o aparato institucional de interpretação e aplicação das leis deva ser composto por sujeitos sobre-humanos, imunes a afetos e interesses, mas apenas que esses sujeitos devem ter compromisso ético para decidir com maior isenção e ponderação analítica, além de gozar de garantias contra a pressão da barganha política. Não requer muito mais que isso.

A prática do STF pede adaptação daquela máxima: a interpretação constitucional deve estar submetida ao “governo do Supremo, não dos ministros”. O tribunal, porém, tem sido governado pelo voluntarismo incontinente de seus membros. É muito poder individual de fato (e de legalidade duvidosa) para ser usado com tanta extravagância.

Como disse José Sarney, anos atrás, “um dos maiores desserviços ao país é desprestigiar o Supremo Tribunal Federal”. Esse desserviço ao STF vem sendo prestado pelos seus próprios membros. Isso traz consequências.

ARBÍTRIO

O tempo do STF é místico. A corte pode tomar uma decisão em 20 horas ou em 20 anos (como publicou Ivar Hartmann, neste mesmo caderno, em 28/5 de 2017). A duração de um caso não guarda nenhuma relação com sua complexidade jurídica, sua importância política ou o excesso de trabalho do tribunal —alegações usuais de ministros.

É fruto, sim, da idiossincrasia e do instinto de cada julgador. E, às vezes, de negociações nos bastidores palacianos e corporativos.

Ninguém melhor que o ex-deputado Eduardo Cunha para iluminar o problema. Quando afastado de seu mandato pelo STF em 2016, ironizou com a pergunta cínica que muitos se fizeram: “Se havia urgência, por que levou seis meses?” Em outras palavras: por que agora?

Uma ótima questão, que poderia ser aplicada a muitos casos (por exemplo, o pacote natalino de liminares, todas monocráticas e abruptas, tomadas no apagar das luzes de 2017, antes de o Judiciário sair de férias).

Lewandowski, presidente da corte em 2016, desconversou: “O tempo do Judiciário não é o tempo da política e nem é o tempo da mídia. Temos ritos, procedimentos e prazos que devemos observar”.

A resposta é mais um artefato ilusionista. Quando diz que o tempo do Judiciário não é o tempo da política nem o da mídia, recorre a um árido lugar-comum para se esquivar do que se queria saber. A resposta também ignora a inteligência empírica que vem sendo construída ao longo dos último anos sobre o STF por um crescente grupo de estudiosos da corte.

A definição arbitrária do seu tempo decisório é mais uma faculdade que o Supremo conferiu a si mesmo e não explicou a ninguém, um dos poderes mais antidemocráticos que um tribunal pode ter.

INSEGURANÇA

Pede-se a tribunais que produzam segurança jurídica e previsibilidade. Esse fim costuma ser entendido apenas como demanda de conteúdo: que pudéssemos estimar, com algum grau de certeza, à luz das decisões passadas da corte, o que decidirá em casos semelhantes no futuro.

Não é um objetivo possível de realizar por completo, pois muitos casos, apesar de sua similaridade de superfície, suscitam variações interpretativas genuínas.

Ainda que frustre expectativas, é desejável que a jurisprudência tenha um grau de elasticidade. Mas existe uma faceta mais básica da segurança jurídica: a expectativa de que tomará uma decisão em tempo razoável ou sabido. Trata-se de previsibilidade de segunda ordem.

O STF, no entanto, não só tirou a credibilidade da noção de jurisprudência como também nos sonega a possibilidade de saber quando uma decisão será tomada. Em certos casos, não estamos seguros sequer de que haverá decisão, qualquer que ela seja.

Se o STF passasse a observar, de modo criterioso e transparente, “ritos, procedimentos e prazos”, como quis Lewandowski, já seria um gesto quase revolucionário.

Entretanto, a loteria de agenda, somada ao seu oceano de casos, prejudica a construção de uma esfera pública constitucional, de um espaço em que debates democráticos possam se desenvolver, que atores interessados possam mobilizar energia e recursos para participar. Esperam apenas que seus argumentos sejam respondidos e uma decisão seja tomada em tempo publicamente justificado.

Vale a pena observar outras cortes no mundo. Ainda que a comparação tenha limites, pois cada tribunal tem seu próprio desenho, volume de casos e contexto, mostraria, por exemplo, que a discricionariedade com o tempo não é exclusividade do Supremo.

Nem todo tribunal tem a disciplina com o tempo que possuem a Suprema Corte dos Estados Unidos ou a Corte Constitucional da África do Sul. Como ambas decidem poucas dezenas de casos por ano, a tarefa fica menos difícil.

Se olharmos para as cortes espanhola ou mexicana, alemã ou argentina, indiana ou chilena, veremos um mapa muito plural de gestão do procedimento, com problemas particulares. Em nenhuma delas, porém, se consegue encontrar tamanha libertinagem de obstrução individual de ministros.

Que tenhamos perdido a reverência pelo STF é um ganho de maturidade política. Que estejamos perdendo o respeito é um perigo que o tribunal criou para si mesmo.

PERDA DO RESPEITO

Um bom observador do comportamento judicial aprende depressa que “cortes não fazem o que dizem e nem dizem o que fazem”. Pelo menos parte do tempo.

Essa máxima é ainda mais certeira quando aplicada a um tribunal de cúpula, que precisa administrar dinamites da democracia. A crônica constitucional só perde a inocência quando está apta a detectar a dissonância entre as palavras e os atos de instituição ainda tão obscura quanto o Judiciário.

Um bom observador do Supremo Tribunal Federal também aprende que o Supremo Tribunal Federal não existe. Pelo menos na maior parte do tempo.

Tornou-se um tribunal de 11 bocas e 11 canetas dotadas de poder para, sozinhas, tomar decisões (ou não decisões) que geram efeitos irreversíveis. A crônica constitucional brasileira vem captando essa lição à medida que a cacofonia do STF fica mais escancarada, e seus custos sociais, mais palpáveis.

O tribunal foi capturado por ministros que superestimam sua capacidade de serem levados a sério e subestimam a fragilidade da corte.

Decidem (ou deixam de decidir) o que querem, quando querem, sozinhos ou em plenário; falam o que querem e quando querem, não só nos autos e nas sessões públicas de julgamento mas também nos microfones de jornalistas.

Ausentam-se das sessões do tribunal sob pretextos pouco contestados (um congresso acadêmico ou casamento de amigo no exterior, uma honraria oferecida por câmara de vereadores de município remoto, a irritação com voto de colega etc.).

Administram terrivelmente a dimensão simbólica (fonte de autoridade) e deixam esvair a dimensão material do poder do tribunal (a capacidade de ser obedecido). Um STF sem capital político pode ser desobedecido sem custos.

Que tenhamos perdido a reverência pelo STF é um ganho de maturidade política. Que estejamos perdendo o respeito é um perigo que o tribunal criou para si mesmo.

Maquiavel sugeriu, em “O Príncipe”, que um governante não deve buscar ser amado, mas respeitado. Se não for respeitado, que ao menos não seja desprezado, sentimento político mais nocivo. Um governante torna-se desprezível quando é “inconstante, leviano, irresoluto”.

O conselho serve para as instituições democráticas, sobretudo tribunais constitucionais. O STF precisa de anti-heróis, não do contrário. Sua sobrevivência como instituição relevante tem a ver com isso.

Às vésperas dos 30 anos da Constituição de 1988, temos um tribunal constitucional desencontrado. O STF promete mais do que deve, entrega menos do que pode, disfarça o tanto quanto consegue.

Habituou-se à prática do ilusionismo e dela faz pouco caso. Criou uma espécie de zona franca da Constituição, onde reina a discricionariedade de conjuntura e aonde o Estado de Direito não chega.

E não chega por obra dos próprios ministros e ministras, que não promoveram um único aperfeiçoamento digno de nota na última década: nem na forma, nem no conteúdo; nem nos ritos, nem na ética institucional.

Não sabem conjugar a primeira pessoa do plural. Mediocrizaram a tarefa de interpretação constitucional e a própria instituição, cujo status se evapora. Com ele vai a esperança de efetividade da Constituição, a mais avançada que já tivemos.

*

CONRADO HÜBNER MENDES, 40, doutor em direito pela Universidade de Edimburgo e doutor em ciência política pela USP, é professor de direito constitucional da USP e embaixador científico da Fundação Alexander von Humboldt.

JOÃO MONTANARO, 21, é quadrinista.

Ilustração: João Montanaro

Comments (19)

  1. Este artigo do professor da USP Conrado Rubner Mendes sobre o STF lembra a descrição de um Estado que pode ser chamado de LEVIATÃ, forte cruel e violento. Não o de Thomas Hobbes que em troca do poder absoluto garantiria a vida a pros-
    peridade e a paz do povo.

    Lembra o que disse Hannah Arendt com referência ao Nazismo

    Aqui os homens, enredados por um sistema invisível que a todos submete de maneira implacável, agem em conformidade com as normas e os “regulamentos” como se fossem (e efetivamente são!) autômatos preocupados apenas em cumprir o seu dever (ainda que monstruoso). E é em nome de tais deveres — que isentam os burocratas de qualquer culpa — que impõem sofrimentos aos semelhantes. Enquanto isso poderiam ser perfeitamente flagrados tomando uísque (as autoridades tolstoianas bebericam conhaque e fumam charutos) em total alheamento dos sofrimentos infligidos.

  2. Juiz de Fora, 1 fevereiro 2018

    Prezado Prof.
    CONRADO HÜBNER MENDES

    Gostei do seu artigo publicado no Estado de São Paulo. Uma experiencia atípica aqui em JUIZ DE FORA teria a virtude de contribuir com a DEMOCRACIA no país a partir da visão do seu artigo e da USP (como um todo). Fiz uma descoberta científico/filosófica – ‘EUBIOSE PIRAMIDE CULTURAL DA LEGALIDADE’ uma prova jurídica filosófica que estamos no olho de um furacão de mudança de paradigma cultural/civilizatoria capaz de projetar o país no mundo. Principalmente se reconhecido pelas 67 UNIVERSIDADES FEDERAIS para o país, com destaque para USP – UFMG – UFJF.

    Muito obrigado pela atenção

    “Administrar é aplicar a lei de ofício”
    (Seabra Fagundes – Guerreiro do Direito).

    EUBIOSE
    A ESCOLA DA LEI E DA VERDADE
    EM 1º LUGAR

    NINGUÉM SE ESCUSA DE CUMPRIR A LEI ALEGANDO QUE NÃO A CONHECE
    (LICC, Art. 3º)

    O DESCONHECIMENTO DA LEI É INESCUSÁVEL
    (Código Penal, Art. 21)

    ERGA OMNES – A LEI VALE PARA TODOS

    DURA LEX SED LEX

    SUPORTA A LEI QUE FIZESTES

    A LEI NÃO ACODE OS QUE DORMEM

    A VERDADE DA LEI NÃO ESTÁ COM NENHUM DE NÓS
    MAS ENTRE NÓS

    SOMOSTODOSPARCEIROSDALEI

    CULTURA DO CONHECIMENTO E DO CUMPRIMENTO DA LEI

    QUEREMOS LEIS GOVERNANDO HOMENS
    NÃO HOMENS GOVERNANDO LEIS

    A ÚNICA LIBERDADE QUE PODEMOS ASPIRAR
    É A LIBERDADE DA LEI

    NÃO SE DEIXE CONFUNDIR PELAS SUPERFÍCIES,
    NAS PROFUNDEZAS TUDO SE TORNA LEI

    TODAS AS LEIS HUMANAS SE ALIMENTAM DA LEI DIVINA
    DEUS É A LEI E O LEGISLADOR DO UNIVERSO

    FORA DA LEI NÃO HÁ SALVAÇÃO

    CIDADANIA E SOBERANIA DA LEI

    LUTANDO PELO DEVER LEGAL

    SENTINELAS DO FOGO DA LEI

    COM O RIGOR QUE JULGARDES
    SEREIS JULGADOS

    A FORÇA DO DIREITO DEVE SUPERAR
    O DIREITO DA FORÇA

    QUEM FAZ A LEI DEVE SER O PRIMEIRO
    A CUMPRIR COM A LEI

    A ADMINISTRAÇÃO DA NAÇÃO E DAS
    CIDADES PELO IMPERIO DA LEI

    “TODAS AS VEZES, Ó FILHO DE BHARATA, QUE DHARMA (A LEI JUSTA) DECLINA E QUE ADHARMA (O OPOSTO A DHARMA) SE LEVANTA, EU ME MANIFESTO PARA O RESTABELECIMENTO DA LEI, EU NASÇO EM CADA YUGA ”.
    (BHAGAVAD GITA, IV, 7,8).

    Juiz de Fora, 4 outubro 2017

    MILTON LEITE BANDEIRA
    Defensor Direitos e Deveres Humanos
    Consultor Direito Social Militar e 3º Setor Brazilindio
    Promotor Mobilizador Cultural
    Diretor Executivo da ASSDAK
    Fone:
    32 – 3237-9365
    9-9939-9365

  3. Vou chover no molhado: excelente artigo em todos os sentidos. O sr. Conrado escreve como gente normal e não no patuá pseudo-culto daquelas horrendas figuras da corte. A ironia é que, com palavras comuns, elaborou uma crítica perfeita justamente contra aqueles que buscam criar uma linguagem inacessível ao humilhado cidadão brasileiro justamente para usurpar-lhe direitos e manter o status quo. Leitura obrigatória para todos os brasileiros, incluindo os que compõem máfia de toga.

  4. Parabéns professor, ótimo artigo e este deveria chegar a todos os brasileiros que se importam com este pais.

  5. O artigo mais bem escrito que li em toda minha vida. Li e reli diversas vezes. Simplesmente verdadeiro e genial.

  6. A sociedade brasileira parece estar narcotizada. Ainda não atentou para o perigo deste protagonismo do judiciario. Nossa constituição precisa ser reformada ou refeita. Enquanto não fizermos uma reforma politica, administrativa e do judiciario, principalmente deste, viveremos de crise em crise. A atuação do judiciario brasileiro ja passou dos limites ha muito tempo. Estão abusando da nossa bondade, da nossa paciência, consumindo uma soma de recursos exorbitantes, com seus salarios milionarios, seus penduricalhos que engordam os contra cheques. seus abusos de autoridade, sua arrogância… Se acham que a solução e nos transformar na Republica do Judiciário, elejam os moros, gilmares, barbosas e bretas.

  7. É URGENTE UMA REVISÃO DOS PROCEDIMENTOS E DAS NOMEAÇÕES E INDICAÇÕES AO STF pelos motivos tão bem expostos no brilhante artigo do Prof. Hubner Mendes.
    O povo que trabalha está começando a ter enorme desprezo, enojado mesmo do comportamento de ministros levianos, corruptos e que atendem somente aos seus interesses particulares.
    Vamos ver se mudarão o comportamento a partir de agora início de 2018. A ministra do tribunal deveria efetivamente afastar e substituir por concurso vários dos integrantes do STF. Políticos corruptos não podem nem deverão poder jamais indicar seus apadrinhados para a Corte.

  8. Bastante promissora a mensagem do texto, pois é um alerta à Suprema Corte.
    No sentido de que defende uma revisão nas posturas de seus Ministros e a defesa de um judiciário verdadeiramente independente e imparcial. Cujas decisões deverão ser pautadas na Lei, sobretudo na Constituição. Nota-se, no texto que, é uma defesa intransigente da honradez e honorabilidade dos STF, cuja respeitabilidade parece estar sendo perdida. Conclama a uma retomada de sentido dado às Instituições Democráticas.

  9. Comentário digno de moldura. Leitura útil para qualquer cidadão, e obrigatório para a magistratura. Desnuda todo o despreparo de nossos julgadores, o quais, com raríssimas exceções, abrem mão da ética e da imparcialidade, misturando, sem qualquer pudor, paixões políticas, futebolísticas e preferências étnicas, com o objeto da matéria em julgamento.

  10. Artigo mais espetacular que já li nos últimos anos. Num País com a frágil democracia que temos, um Tribunal formado por indicações políticas e com características fortes do Coronelismo recente, não podia ser diferente. Salve-se quem puder, pois nesta república de bananas “manda quem pode e obedece quem tem juízo “.

  11. Artigo denso, profundo. Poucas vezes se escreveu com tanta propriedade sobre os comprometimentos, condução errática, inapetência e incompetência, enfim, as mazelas do STF. Alguns de seus membros se esforçam, resolutos, para que o pouco de respeito que ainda se guarda para a corte seja velozmente dissipado. Simplesmente inimaginável, décadas passadas, que ministros fossem publicamente hostilizados, achincalhados, afrontados, cujo reação seja apenas o esboço de um sorriso cínico.

  12. Uma análise profunda, correta e corajosa. Deveria ser lida e transcrita em ata na abertura do STF em fevereiro.
    Mas, em razão dos defeitos apontados no artigo, não haverá quem se disponha a fazê-lo.

  13. Excelente artigo. Descreve de forma precisa como funciona o STF, que logo será conhecido como Supremo TEATRO Federal.

  14. Será uma lástima se os pavões fantasiados de toga do STF não tiverem aprendido nada com a aula ministrada pelos desembargadores do TRF-4 de Porto Alegre. É bem verdade que nós, parte menor do povão com capacidade de ler e entender um texto simples, percebemos que os desembargadores do TRF-4 não foram nomeados. São concursados e, consequentemente, competentes, preparados e dispensados de prestar vassalagem a qualquer político corrupto… Pavões fantasiados de toga do STF, por favor, tenham vergonha na cara e escondam seus pés feios, sujos e comprometidos.

  15. Um texto sensato e corajoso. Grande parte da população, mesmo sua parcela menos culta, possui essa impressão do STF. Me senti representado nessas palavras.

  16. Nada mudará enquanto os cargos de ministro do STF forem providos através de favor político…
    para frear a bagunça institucional da qual o próprio STF é partícipe, talvez uma assembleia nacional constituinte honesta, precedida por um governo provisório-restaurador de vergonha, tudo começando do zero, fosse um caminho…
    mas fazer isso em Brasil seria como se o rato colocasse o guizo no pescoço do gato… ninguém conseguiria…

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