Parecia piada, mas é real: TSE e governo querem dar ao exército e PF poderes para aferir veracidade de notícias. Europa adota abordagem oposta: mobilizar sociedade civil e responsabilizar grandes plataformas
Rafael A. F. Zanatta* – Outras Palavras
O assunto do momento é fake news. Em um cenário onde quase dois terços dos países latino-americanos passarão por eleições presidenciais, a questão que aflige a todos é saber que tipo de impacto as redes sociais e a internet trarão para o instrumento central da democracia, o voto. Afinal, qual será o grau de manipulação das emoções e das opiniões políticas por fatos inexistentes e polêmicas alarmistas? Que tipo de influência externa, por meio de táticas de psicometria e desinformação criados por profissionais contratados para esse fim, ocorrerá em países como Brasil? Que papéis as grandes plataformas que dominam a camada de aplicações de internet — Google (dona do YouTube), Facebook (dona do WhatsApp), Twitter e outras — deveriam assumir para verificar aquilo que é publicado e se o conteúdo é “confiável”? (mais…)