por Patricia Fachin, em IHU On-Line
O ativismo de Martin Luther King Jr. pela não violência e o fim do racismo “fez parte de um movimento social bastante maior, mais antigo e que continuou depois de seu assassinato”, diz a historiadora Maria Clara Sales Carneiro Sampaio à IHU On-Line. “No meu ponto de vista, que talvez seja diferente de outros estudiosos do tema, suas contribuições mais preciosas se dividem em duas vertentes: os subsídios para filosofias da não-violência para o Ocidente e uma capacidade de comunicar e de provocar o pensamento crítico absolutamente extraordinária. Sobre esta última, seus discursos, por exemplo, são ao mesmo tempo fáceis de se compreender e profundamente eruditos. Seus escritos são politicamente e literariamente muito ricos, incluem interpretações complexas da filosofia cristã, mas também se utilizam de estruturas shakespearianas. Suas mensagens eram ao mesmo tempo compreensíveis e belas para pessoas com diferentes graus de erudição”, frisa. (mais…)