A luta pela não violência e o fim do racismo: um movimento do passado, do presente e do futuro. Entrevista especial com Maria Clara Sales Carneiro Sampaio

por Patricia Fachin, em IHU On-Line

O ativismo de Martin Luther King Jr. pela não violência e o fim do racismo “fez parte de um movimento social bastante maior, mais antigo e que continuou depois de seu assassinato”, diz a historiadora Maria Clara Sales Carneiro Sampaio à IHU On-Line. “No meu ponto de vista, que talvez seja diferente de outros estudiosos do tema, suas contribuições mais preciosas se dividem em duas vertentes: os subsídios para filosofias da não-violência para o Ocidente e uma capacidade de comunicar e de provocar o pensamento crítico absolutamente extraordinária. Sobre esta última, seus discursos, por exemplo, são ao mesmo tempo fáceis de se compreender e profundamente eruditos. Seus escritos são politicamente e literariamente muito ricos, incluem interpretações complexas da filosofia cristã, mas também se utilizam de estruturas shakespearianas. Suas mensagens eram ao mesmo tempo compreensíveis e belas para pessoas com diferentes graus de erudição”, frisa. (mais…)

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Denúncia Pública sobre violação do direito constitucional quilombola no Tocantins

“No mês de março a Naturantins, órgão de meio ambiente do Estado do Tocantins, publicou em diário oficial notificação à Comunidade Quilombola Margens do Rio Novo, Rio Preto e Riachão no município de Mateiros-TO, a fim de dar ciência da suspensão do CAR da comunidade e conferir prazo de 45 dias para que apresentem documentos de propriedade da terra, sob pena de cancelamento da sua inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR). A justificativa apresentada pela Naturantins é de que há sobreposição entre os mapas da Comunidade e o de um particular, sendo que o particular havia apresentado “documentação comprovando a propriedade da área”.

Tal procedimento adotado pela Naturantins é flagrantemente ilegal, como também viola frontalmente o art. 68 do ADCT da Constituição Federal, pelas seguintes razões: (mais…)

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Nota pública de denúncia de racismo ambiental no cadastramento de comunidades quilombolas

Naturantins, órgão ambiental do Tocantins, notificou comunidades quilombolas para apresentação de documentos comprobatórios de propriedade sob pena de, não o fazendo, terem seu CAR cancelado

No Grupo Carta de Belém

Desde o início da implementação do Cadastro Ambiental Rural – CAR, que as comunidades tradicionais, povos indígenas e comunidades quilombolas tem encarado dificuldades de acesso ao sistema de cadastramento, seja pela ausência de apoio técnico para georreferenciamento dos territórios coletivos, ou em razão de não haver plataforma de inscrição adequada para grupos étnicos, o chamado módulo Povos e Comunidades Tradicionais – PCTs, do Sistema Nacional de CAR. As comunidades são pressionadas ainda pelo exíguo prazo de cadastramento fixado para 31 de maio de 2018. (mais…)

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Pastelarias cariocas estão em nova “lista suja” do trabalho escravo

Por Piero Locatelli, da Repórter Brasil

Lanchonetes e pastelarias de chineses, uma empresa que vendia batata frita no Rock in Rio e construtoras do programa Minha Casa Minha Vida estão entre os 37 novos empregadores da “lista suja” do trabalho escravo. O cadastro foi divulgado nesta terça-feira, 10 de abril, pela Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (DETRAE) do Ministério do Trabalho. Todos os nomes que constam na lista foram autuados por trabalho análogo ao de escravo por auditores fiscais, e tiveram o direito de recorrer em duas instâncias administrativas dentro do órgão. (mais…)

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Procuradores da República repudiam manifestação do atual presidente da ANPR contra Lula

Do Brasil 247

Um grupo de 47 procuradores da República divulgou nesta terça-feira, 10, carta com sérias críticas ao presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), José Robalinho Cavalcanti, que afirmou que o ex-presidente Lula buscou em seu discurso antes de se entregar à PF inverter os papéis e “vender-se como um perseguido, o que nunca foi”.

“O compromisso maior do Ministério Público Federal é com a Justiça. Não podemos nos deixar instrumentalizar na disputa política, vedação que se estende à ANPR nos termos do art. 4º de nosso Estatuto. Causa espanto ver a ANPR alimentar a divisão da sociedade brasileira, em momento tão delicado da vida nacional, ao repudiar a compreensível manifestação do cidadão submetido ao cárcere, sob enorme comoção popular. É da natureza humana manifestar indignação diante da limitação de sua liberdade. Nós profissionais da Justiça devemos receber com serenidade essas críticas e não como motivo para acirrar os ânimos, dentro e fora da Instituição”, diz a carta dos procuradores, endereçada a Cavalcanti. (mais…)

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