Debate na UnB traz a percepção indígena sobre mudanças climáticas

Jovens fizeram análise dos impactos das alterações a partir do local de cada um deles

por Redação RBA

Para jovens indígenas das regiões Norte e Nordeste do Brasil, estudantes da Universidade de Brasília (UnB), as mudanças climáticas, respondem às ações humanas feitas sem planejamento e consulta às comunidades que, em sua maioria, são as mais atingidas pelas alterações. A avaliação feita durante seminário realizado na universidade nessa quinta-feira (20) integra uma série de observações dos indígenas a partir do local de cada um deles.

Há algum tempo, os jovens vêm acompanhando diversos sinais que representam mudanças no clima, desde a colheita de plantações à transição de estações do ano, como destaca a estudante Priscila Barbosa, da tribo Karipuna, na região amazônica. Segundo ela, as mudanças climáticas têm impactado diretamente no bioma, com cheias que dobraram de tamanho no inverno e o verão ainda mais seco, prejudicando a agricultura familiar.

No Nordeste, a estudante Cícera Cabral, da tribo Pankara, em Pernambuco, também aponta que as alterações já são visíveis. Habitante das áreas mais altas do semiárido, Priscila afirma que a falta de chuvas tem sido um dos principais problemas para as plantações da região. Para os jovens, é preciso que os conhecimentos tradicionais sejam somados aos da ciência. “Nós também temos a nossa tecnologia e conhecemos a terra porque nós vivemos ali”, defende Priscila em entrevista ao repórter Uélson Kalinovski, do Seu Jornal, da TVT.

Assista à reportagem completa:

 

Imagem: Indígenas citam que mudanças climáticas têm afetado na produção e na colheita das comunidades – TVT/REPRODUÇÃO

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