Piquiá de Baixo comemora mais um passo rumo ao reassentamento

Em Justiça nos Trihos

Na tarde de segunda-feira (17), a Associação Comunitária de Moradores de Piquiá (ACMP) esteve na Caixa Econômica Federal de Açailândia (MA), para a assinatura do contrato para liberação do financiamento do projeto de reassentamento da comunidade de Piquiá de Baixo.

A verba destinada ao projeto de reassentamento é do programa Minha Casa Minha Vida e prevê a construção de 312 unidades habitacionais e infraestrutura básica do novo bairro. O financiamento será somado ao recurso do selo de qualidade urbana da Fundação Vale, conquistado pelo projeto. Deste modo, a associação de moradores terá o dinheiro para iniciar a obras e construir o novo bairro, longe da poluição provocada pelo polo siderúrgico.

Agora com o contrato em mãos aguarda que o dinheiro fique disponível para que enfim possa iniciar as obras. São mais de 10 anos lutando para garantir uma vida digna a todas e todos moradores da comunidade e essa realidade está cada vez mais próxima. O novo bairro receberá o nome de Piquiá da Conquista, nome escolhido em votação popular realizada na comunidade pela Associação de Moradores.

“Assinamos o contrato para dar início nas obras, é um momento que a gente fica muito feliz, não só eu como todos da comunidade e aqueles que estão acompanhando nosso projeto. É um momento de felicidade hoje de estarmos assinando esse contrato para realizar as obras e ver esse projeto concluído”. Fala o presidente da ACMP, Edvard Dantas, erguendo com as mãos o contrato que acabará de assinar.

A ACMP ressalta que apesar da importância da assinatura deste contrato, alguns pontos ainda precisam ser observados. O orçamento se baseia em preços levantados em abril de 2017, como estamos em setembro de 2018, alguns produtos já sofreram aumento no seu custo, o que faz com que o financiamento que chegará para construção do reassentamento esteja defasado, deste modo, a associação assume o risco de tocar o projeto com esse porém, mas alerta que o poder público e as empresas são corresponsáveis e caso haja falta de recurso durante a execução das obras serão chamados a complementar de acordo com a necessidade.

Outro ponto é que os equipamentos públicos (escola, creche e posto de saúde) não estão contemplados dentro deste financiamento e cabe ao poder público municipal e estadual assegurar que eles sejam construídos. A ACMP já informou o poder público e apontado essa necessidade. “O governo municipal e estadual já tem conhecimento dessas demandas, já foi informado, nós agora iremos aguardar a ação desses governos para poder fazer que realmente aconteça a construção desses equipamentos públicos também”, ressaltou a tesoureira da ACMP, Joselma Alves.

A comunidade de Piquiá de Baixo segue avançando na realização do seu reassentamento, muito chão já foi percorrido e ainda falta alguns a percorrer, como os apontados a cima, mas a certeza é que Piquiá de Baixo já é um exemplo claro que a organização popular pode transformar a realidade construindo seu próprio futuro.

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