Três anos do rompimento da Barragem de Fundão: Ciclo de Atividades promove Abraço dos Povos e Águas da América Latina

Por Movimento pelas Serras e Águas de Minas

No marco de três anos do rompimento da Barragem de Fundão que desencadeou a tragédia do rio Doce, entidades socioambientais brasileiras e estrangeiras realizam e participam de várias atividades e discutem o extrativismo mineral predatório.

Hoje, dia 5 de novembro de 2018, completam três anos do maior desastre ambiental de todos os tempos, no mundo, causado pela mineração, o rompimento da Barragem de Fundão da Samarco (Vale/BHP Billiton) no município de Mariana.

No marco desta data,  entidades socioambientais brasileiras e estrangeiras participam de 5 a 8 de novembro de um Ciclo de Atividades, parte delas  organizada pelas seguintes instituições: Articulação Internacional das Atingidas e Atingidos pela Vale, Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração, FASE, Movimento pelas Serras e Águas de Minas (MovSAM), Observatório de Conflictos Mineros de América Latina (OCMAL) e Rede Brasileira de Justiça Ambiental (RBJA).

Vão participar cerca de 50 representantes de organizações de treze países e de dez estados brasileiros além de lideranças de movimentos socioambientais da RMBH e de Minas Gerais. A programação contou com o apoio do Projeto Manuelzão, Instituto Guaicuy – SOS Rio das Velhas, CESE, Fundação Ford e Fundação Heinrich Böll, Fundação Rosa Luxemburgo, Fundo Socioambiental CASA e Rede de Pesquisa do Rio Doce.

Dia 5, em Bento Rodrigues, às 13h, o grupo será recebido por ex-moradores, que guiarão os participantes aos lugares atingidos pela lama. A visita terá paradas em frente de suas casas para a comparação do antes e depois da lama, por meio de fotografias, exposição de imagens e uma homenagem aos que perderam suas vidas.

Dia 5, em Mariana, às 17h, o grupo vai se integrar ao evento “Movimento Um Minuto de Sirene” em frente à Igreja do Carmo, ao som da sirene que na ocasião do rompimento não foi soada e, na sequência, participar às 18h da missa que será celebrada na Igreja do Carmo.

Dia 6, em Ouro Preto, de 9h às 17 h, o grupo vai participar do IV Seminário Balanço do rompimento da Barragem de Fundão no Museu da Inconfidência, construído pela Rede de Pesquisa do rio Doce, que reúne diversas organizações de pesquisas de Universidades mineiras e capixabas.

Dia 7, no Mirante da Serra do Rola Moça, será realizado o Abraço dos Povos e Águas da América Latina. Durante o ato, os participantes vão tocar uma sirene, remetendo ao momento do rompimento da barragem de rejeitos, ler uma carta do Povo Krenak e fazer a leitura dos nomes das pessoas mortas, vítimas do “Mar de Lama”. Depois haverá um momento de transição do luto à Luta onde serão compartilhados projetos, ações territoriais, iniciativas de resistências e soluções.

Dia 7, em Casa Branca, haverá Encontro de lideranças (fechada aos participantes), roda de mulheres, noite cultural e um banquete agroecológico.

Dia 8 a programação é fechada aos participantes do VII Encontro de OCMAL: Articulando redes para a superação da violência do extrativismo mineral na América.

Imagem: Barragem da Samarco se rompe deixando casas soterradas , e diversas vitimas no distrito de Bento Rodrigues . Na foto: Vista panorâmica da devastação em Bento Rodrigues . Fotos: Leo Fontes / O Tempo

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