Iphan reconhece geoglifo, no Acre, como patrimônio cultural do Brasil

O local fica no Sítio Arqueológico Jacó Sá, na capital do estado, Rio Branco

Victor Ribeiro, da Radioagência Nacional, no Brasil de Fato

Um geoglifo no Acre, que já impressionava pela forma talhada no solo e que lembra a bandeira nacional, agora é patrimônio cultural do Brasil.

Fica no Sítio Arqueológico Jacó Sá, na capital, Rio Branco. Detalhe que, apesar de o círculo dentro do losango lembrar a nossa bandeira atual, já faz mais de dois mil anos que ele existe. Para os indígenas, os geoglifos são tatuagens da terra.

Ao aprovar o tombamento do geoglifo, o Iphan, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ressaltou a importância dessas estruturas na herança cultural dos povos amazônicos.

E destacou que, além da importância científica, histórica e afetiva, local é de fácil acesso, pode ser identificado claramente pelos visitantes e tem potencial turístico. É a primeira vez que o Iphan tomba um geoglifo.

Para quem nunca viu, um geoglifo é uma figura geométrica de grandes dimensões escavada na terra.

Agora esse e outros geoglifos acreanos foram indicados para a Lista do Patrimônio Mundial da Unesco.

A indicação do novo patrimônio foi aprovada por unanimidade pelos 35 membros do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, que se reuniram nesta semana Belém, no Pará.

Na quinta-feira, o conselho já havia declarado duas manifestações culturais da Amazônia como patrimônios culturais brasileiros.

O Marabaixo, do Amapá, foi reconhecido como uma expressão cultural de devoção e resistência, que representa tradições e reúne ritmo, dança, vestimentas, comidas e literatura.

A origem do nome remete aos escravos que morriam nos navios negreiros: os corpos eram jogados na água e os negros cantavam hinos de lamento mar abaixo e mar acima.

Já o Complexo Boi-Bumbá do Médio Amazonas e Parintins, no Amazonas, mistura danças, músicas, drama e enredo que fazem o coração dos participantes e do público pulsar forte.

O evento cultural traz influências das missões jesuíticas, indígenas, negras e de outras regiões, como o Nordeste.

Edição: Radioagência Nacional.

Imagem: Detalhe que, apesar de o círculo dentro do losango lembrar a nossa bandeira atual, já faz mais de dois mil anos que ele existe. / EBC

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