Morre Eunice Paiva, símbolo da luta contra a ditadura civil-militar no país

Viúva do deputado Rubens Paiva, desaparecido em 1971, ela também se destacou pela presença em lutas sociais

Na RBA

Símbolo da luta contra a ditadura, Eunice Paiva morreu nesta quinta-feira (13), em São Paulo. Ela convivia há 14 anos com Alzheimer e tinha 86 anos. Deixa cinco filhos: Marcelo, Veroca, Eliana, Nalu e Babiu.

Eunice teve papel central na busca por informações sobre o paradeiro do marido, Rubens Paiva, ex-deputado desaparecido depois de ser preso, torturado e assassinado pela ditadura civil-militar no DOI-Codi no Rio de Janeiro, em janeiro de 1971. Ela estudou Direito no Mackenzie, já depois da viuvez. Tornou-se advogada e se engajou em lutas sociais e políticas, como as causas indígenas, nos anos 1980 e 1990.

Um dos filhos do casal, o escritor Marcelo Rubens Paiva, narrou a história de sua mãe no livro Ainda Estou Aqui, de 2015.

Em nota divulgada hoje, o Instituto Vladimir Herzog lamentou a morte de Eunice. “Talvez não por coincidência, Eunice morre no dia em que a promulgação do AI-5 completa 50 anos: um protesto de quem nunca deixou de lutar por um país democrático, mais justo e que garanta o direito a memória e justiça a todos os seus cidadãos”, afirma o IVH.

Genevois

Ontem (12) morreu Annie Genevois. Era uma das filhas de Margarida Genevois, ativista histórica dos direitos humanos e presidente de honra da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo.

Com informações do Instituto Vladimir Herzog.

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