MPF instaura procedimento para investigar atentado contra comunidade Mbyá-Guarani em Porto Alegre/RS

Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul

O Ministério Público Federal, representado pelo Procurador Pedro Nicolau Moura Sacco e pelo estagiário em Antropologia Bruno Guilhermano Fernandes, esteve no último sábado, dia 12, no acampamento Mbyá-Guarani da chamada Ponta do Arado, no bairro Belém Novo, em Porto Alegre, local onde na madrugada de sexta-feira um grave atentado foi perpetrado contra aquela comunidade indígena. 

Conforme o relato dos Guarani, dois homens encapuzados saíram de uma barraca de vigilância instalada pela empresa de segurança da Arado Empreendimentos Ltda, empresa que tenciona construir um condomínio horizontal no local, e disferiram uma saraivada de tiros sobre os barracos dos indígenas, enquanto proferiam ameaças de morte. Ao final da agressão, prometeram voltar no domingo, dia 13, e assassinar todos os membros da comunidade. Como não poderia deixar de ser, os representantes do MPF encontraram os indígenas bastante abalados pelo ocorrido, mas firmes na vontade de permanecer na área, que contém um vasto e rico sítio arqueológico pré-colonial que atesta sua ocupação imemorial pelos Guarani. 

Ainda na sexta à tarde, peritos da polícia civil passaram no local e recolheram cartuchos. Ainda assim, os indígenas entregaram ao Procurador vários cartuchos de pistola 9mm e revólver calibre 22 que ainda se encontram espalhados na área.

O Ministério Público Federal já instaurou procedimento para investigar os fatos e continua monitorando a situação, a fim de evitar novos episódios de violência.

Foto destacada: PRRS

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