Vale aciona sirene de alerta para rompimento de barragem este domingo em Brumadinho

A Vale informou que, por volta das 5h30, acionou as sirenes de alerta na região da Mina Córrego do Feijão ao detectar aumento dos níveis de água na barragem VI.

No G1 MG

Uma sirene para rompimento de barragem foi acionada na manhã deste domingo (27) em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, informou o Corpo de Bombeiros.

Em nota, a Vale informou que, por volta das 5h30, acionou as sirenes de alerta na região da Mina Córrego do Feijão ao detectar aumento dos níveis de água nos instrumentos que monitoram a barragem VI. Esta barragem faz parte do complexo de Brumadinho.

Ainda segundo o comunicado, as autoridades foram avisadas e, como medida preventiva, a comunidade da região está sendo deslocada para os pontos de encontro determinados previamente pelo Plano de Emergência.

Um morador da parte baixa de Brumadinho disse em entrevista ao vivo à GloboNews que se assustou com o alarme e que, inicialmente, não sabia do que se tratava exatamente. Segundo ele, os vizinhos começaram a ligar uns para os outros para entender o que estava acontecendo e foram para a parte alta da cidade só depois que a polícia militar confirmou que era para todos deixarem suas casas. “Larguei a casa, peguei só uns suprimentos e documentos e fui embora. Não teve nenhum treinamento para saber se podíamos pegar mais coisas”, disse.

Números

Às 22h45 deste sábado (26), a Vale atualizou os números. Havia 34 mortos, 251 desaparecidos e 192 resgatados. A empresa se comprometeu a pagar as despesas dos pacientes que estavam no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, e eles seriam transferidos para o Mater Dei, mas os próprios pacientes pediram para permanecer no João XXIII.

Os parentes das vítimas devem buscar informações na Estação de Conhecimento, em Brumadinho, localizado ao lado da UPA da cidade. Em Belo Horizonte, no ginásio da Academia da Polícia Civil (Acadepol), na Rua Oscar Negrão de Lima, 200, no bairro Nova Gameleira, também está sendo feito atendimento e orientações sobre liberação de corpos. A primeira vítima reconhecida foi a médica do trabalho Marcelle Porto Cangussu, de 35 anos.

Imagem aérea mostra mar de lama com rejeitos da barragem e área de impacto. Foto: Corpo de Bombeiros Divulgação

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