Moradores de Congonhas (MG) temem rompimento da barragem Casa de Pedra

A barragem Casa de Pedra é considera uma das maiores do Mundo em área urbana, com 50 milhões de metros cúbicos de rejeito e é classificada como Classe 6, a mais alta em categoria de risco.

No MAB

Na noite desta terça-feira (29), ameaçados pela barragem Casa de Pedra, em Congonhas, fizeram uma assembleia no bairro Residencial Gualter Monteiro, para cobrar das autoridades locais e da empresa Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), privatizada no governo Collor, proteção à comunidade. A principal exigência da comunidade é a imediata drenagem da barragem e o fim de seu uso.

Apesar do risco iminente de rompimento, ainda são depositados rejeitos, segundo denuncia a população. A barragem é maior do que a Mina de Córrego do Feijão, que rompeu no dia 25 de janeiro, em Brumadinho. Ao final da reunião, os moradores irão encaminhar à direção da empresa algumas reivindicações, que visam proteger toda aquela comunidade. Caso a CSN decida por não ouvir o clamor das famílias, a comunidade irá exigir que sejam ouvidos, na porta da empresa.

A barragem é considera uma das maiores do Mundo em área urbana, com 50 milhões de metros cúbicos de rejeito e é classificada como Classe 6, a mais alta em categoria de risco. O bairro Residencial Gualter Monteiro, que aglomera cinco mil pessoas, fica abaixo da barragem e pode ficar, em oito segundos, submerso em um mar de lama, caso aconteça o rompimento da barragem de Casa de Pedra. Segundo a defesa civil, os rejeitos também se deslocariam por toda cidade, com 54 mil habitantes, além de atingir comunidades próximas. Durante a assembleia, a população permaneceu agitada, pelo grave risco de rompimento da barragem.

Muitos alegaram não dormir por medo da tragédia que se anuncia. O representante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Antônio Claret, esteve no local e alertou a população para que se organizem.“O MAB, que existe no Brasil todo, ajuda o povo a se organizar. Precisamos ter uma visão concreta do que precisamos fazer neste momento”, disse Claret, acalmando os moradores.

Foto: Hugo Cordeiro

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