Caso ocorreu durante organização de protesto por movimentos populares, em Manaus. Para procurador, agentes rodoviários agiram no ‘estrito cumprimento do dever legal’
Em A Crítica
O Minsitério Público Federal (MPF) no Amazonas arquivou a investigação que apurava a visita de policiais rodoviários federais armados em uma reunião de movimentos sociais em Manaus. O encontro visava o planejamento de um protesto contra a visita do presidente Jair Bolsonaro (PSL) a Manaus.
O caso ocorreu no dia 23 de julho, dois dias antes da visita de Bolsonaro à capital. Na ocasião, três policiais armados estiveram na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam). Eles questionaram a identidade dos líderes do protesto e as organizações que estavam envolvidas na iniciativa.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, a decisão é do procurador Henrique de Sá Valadão Lopes. Em seu despacho, ele afirmou que a apuração demonstrou que “os gentes rodoviários agiram no estrito cumprimento do dever legal” e que a “atuação da polícia não se deu de forma clandestina ou arbitrária, uma vez que os agentes rodoviários ingressaram na sede do sindicato e buscaram dialogar diretamente com as lideranças do movimento, esclarecendo, a princípio, o motivo da presença deles no local”, afirmou.
O procurador afirmou ainda que a segurança de Bolsonaro tornou-se questão prioritária e fundamental, sobretudo, após o atentado ocorrido durante a campanha eleitoral no ano passado, quando o então candidato foi esfaqueado.
Sobre as armas, Valadão disse que o Amazonas “apresenta crescentes índices de criminalidade, em especial a qualificada pela ação de organizações criminosas com elevado poder bélico e econômico” e que são “instrumentos de trabalho do agente de segurança pública”.
O despacho, concluído na última segunda-feira (5), será enviado para a 7ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, em Brasília, que poderá homologar o arquivamento ou avaliar a possibilidade de retomada da apuração.
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Imagem: divulgação