No Mab
Na última quinta-feira, 10, população do município de Revés do Belém se reuniriam com a Fundação Renova para debater pautas dos atingidos pelo crime da Samarco/Vale/BHPBilliton no Rio Doce, com o rompimento da Barragem de Fundão em 2015.
A Comissão local enviou a pauta de reivindicação previamente e solicitou que comparecessem na reunião representantes da Renova de acordo com a pauta e com poder de decisão. Apenas funcionários do diálogo estiveram para dar retorno às pautas com nenhuma resposta positiva, mais uma vez.
A comunidade, indignada, questionou à Fundação Renova sobre os dados apresentados do número de cadastros e indenizados por solicitação da Comissão:
Dos 841 cadastros no município, apenas 82 famílias foram indenizadas. Isso demonstra a falta de respeito da Fundação Renova ao reparar as famílias atingidas e, mesmo próximo aos 4 anos do crime marcados no dia 05 de novembro, a justificativa é que estão ainda na fase de construção de uma política de indenização para toda a bacia do Rio Doce, e reconheceram que esse problema não é só em Revés do Belém mas em todos os municípios atingidos.
Quando questionado os critérios de indenização, a Fundação Renova se posiciona mais uma vez com critérios abusivos como LMEO e renda, e afirma que nem todos os cadastrados terão direitos, com a soberba típica de quem quer decidir pelas vidas dos outros.
Há muitas denúncias em torno do processo de cadastro e negociação com a empresa que continua violando direitos e desrespeitando os atingidos e atingidas.
A comissão solicitou a presença do presidente Roberto Waack em uma reunião local, e eles responderam que existe possibilidade pois farão reuniões de prestação de contas e ele deseja participar, mas ainda sem data e confirmação.
A comunidade de Revés do Belém cobra mais uma vez agilidade na contratação da Assessoria Técnica para de fato avançar nas conquistas.
Revés do Belém permanece em luta e reforça a organização e união do povo como caminho da vitória!
