Medidas tomadas no Inquérito 4.828 são parte da investigação instaurada em abril após manifestações que pediam intervenção militar
Procuradoria-Geral da República
O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal cumprem na manhã desta terça-feira (16) mais uma fase das investigações que buscam provas do financiamento e da organização de atos antidemocráticos realizados nos últimos meses no país. Os mandados de busca e apreensão são cumpridos em endereços residenciais e comerciais ligados a 21 pessoas. Com elas foram reunidos indícios de envolvimento com a realização de manifestações nas quais foram reclamadas medidas como o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Um linha de apuração é que os investigados teriam agido articuladamente com agentes públicos que detêm prerrogativa de foro no STF para financiar e promover atos que se enquadram em práticas tipificadas como crime pela Lei de Segurança Nacional (7.170/1983). Entre os alvos das medidas cautelares está uma pessoa com foro na Suprema Corte.
As medidas cautelares foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Inquérito 4.828, instaurado em 20 de abril, a partir de pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Também nesse inquérito, o ministro relator atendeu a pedido do vice-procurador-geral da República e determinou a prisão temporária, por cinco dias, de seis pessoas apontadas como líderes do movimento chamado de “Os 300 do Brasil”. Nesse caso, o cumprimento das ordens judiciais ocorreu nessa segunda-feira (15).
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Foto: Daniel Ferreira /Metrópoles