MAB e Fiocruz lançam publicação sobre a saúde da mulher atingida

Parceria inédita entre o MAB e Fiocruz discute violações dos direitos das mulheres atingidas por barragens no Rio de Janeiro

Por MAB/RJ

Fruto de um longo trabalho desenvolvido no ano de 2019 em parceria com a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), o MAB e a Fiocruz lançam o livro “Educação Popular, Direitos e Participação Social: Bordando a Saúde das Mulheres Atingidas por Barragens” que, entre outros temas, trata sobre as violações dos direitos das mulheres atingidas. 

Nestes tempos de pandemia, quando sente-se a real importância de um sistema público e universal de saúde, esta publicação é também uma homenagem ao SUS e aos seus trabalhadores, cujo valor, funcionamento e importância de sua manutenção foi apreendido pelas mulheres durante a formação realizada de maio a setembro de 2019.

O livro agora lançado compila o resultado de uma parceria inédita de trabalho entre o MAB e a EPSJV com as mulheres atingidas, cujo programa da formação perpassou pelo tema da saúde, mas versou também sobre o tema dos direitos sociais, a luta contra a construção de barragens, a construção dos espaços de ciranda infantil e a produção das arpilleras como um instrumento de luta e de denúncia.

Construído por várias mãos, o trabalho é dividido em seis capítulos: A importância do direito à saúde; As mulheres atingidas por barragens e a violação do direito à saúde; O projeto educação popular, direitos e participação social: bordando a saúde das mulheres atingidas por barragens; As arpilleras: tecendo a vida das mulheres; As crianças como sujeitos políticos e A saúde levantando pauta de reivindicação e luta das mulheres.

Entre as metodologias utilizadas no processo formativo, o Diagnóstico Rápido Participativo foi peça chave para as agentes de saúde e moradoras das comunidades do Vale do Guapiaçu levantarem as principais problemáticas da saúde na região. Vale ressaltar que o diagnóstico identificou que, mesmo paralisado, o projeto de barragem no rio Guapiaçu é um fantasma que assombra e retira direitos dos moradores.

Parte do conteúdo desenvolvido durante a formação e apresentado neste livro já foi sistematizado nas arpilleras a partir de um processo intenso de produção embasado no tema gerador associado à saúde. Em cinco comunidades, as mulheres fizeram arpilleras abordando os temas dos direitos à saúde pública, previdência, saneamento, água e educação. Ao final, sete arpilleras foram expostas na cidade de Cachoeiras de Macacu e na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro.

Acesse a publicação.

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