IV Semana Sem Petróleo começa, com mais de 60 atividades na programação

Encontro alerta para “petrodependência” e propõe alternativas. Entre os dias 1 e 7, evento acontece de forma totalmente virtual por conta da pandemia do novo coronavírus

Sete dias de debates e reflexão sobre os impactos da indústria petrolífera na vida das pessoas, das comunidades e do meio ambiente, somada a busca de alternativas ao atual modelo econômico e de consumo baseado nos subprodutos e derivados do petróleo, que sacrifica a natureza e a saúde. Essa é a ideia da Semana Sem Petróleo, organizada pela Campanha Nem Um Poço a Mais, que começa nesta terça-feira (1), com mais de 60 atividades na programação.

A IV Semana conta com mesas de debate, oficinas, rodas de conversa, workshops, atividades culturais e apresentações artísticas. Paralelamente, será realizado o VI Seminário da Campanha Nem Um Poço a Mais, que reúne representantes de organizações sociais brasileiras e estrangeiras, povos tradicionais, trabalhadores, especialistas, pesquisadores e ativistas, debatendo o tema sob diversos pontos de vista e seus desdobramentos.

Petróleo e derivados estão inseridos em quase todos os processos da sociedade moderna. Dos deslocamentos com veículos, às fibras sintéticas das roupas e cosméticos. Nos alimentos cultivados com agrotóxicos, no gás de cozinha, nos itens e sacolas de plástico. O petróleo parece ocupar quase todos os espaços do nosso cotidiano. Porém, o alerta dos cientistas é urgente: para evitar o aquecimento global e suas consequências trágicas é preciso deter a queima de combustíveis fósseis.

“A indústria petroleira nunca é segura. Sempre contamina a água, o ar, a terra, a floresta, os corpos e territórios. Suas operações sempre derramam, e os resíduos tóxicos e derivados estão diretamente associados a câncer, doenças respiratórias e morte. Cuidar da saúde das pessoas, das comunidades contaminadas e dos ecossistemas afetados é um enorme desafio, por isso esse debate é fundamental”, afirma o sociólogo Marcelo Calazans, da Campanha Nem Um Poço a Mais. 

Pela primeira vez, as atividades da Semana ocorrem de forma totalmente virtual. Diante da pandemia do novo coronavírus, a Campanha realizará as atividades remotamente, o que possibilitou ampliar o alcance das atividades e a interação, ao incluir convidados internacionais de países como Nigéria, Holanda e Equador, referências nas temáticas abordadas. Os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a cadeia do petróleo também serão debatidos.

Entre as atividades culturais, haverá uma programação especial de atividades para o público infantil e o Cineclube Nem Um Poço a Mais, com filmes e debates diários sobre o impacto do petróleo em comunidades e alternativas possíveis. A Mostra de Artes Olhar Pro-Fundo, em formato digital, também vai reunir trabalhos de artistas nacionais e internacionais que abordam a toxidade do contemporâneo e os caminhos para a construção do bem-viver.  O evento traz, ainda, IV Feira Livre de Petróleo, que permite a venda e troca de produtos e serviços que representem alternativas ao uso de petróleo e derivados, visibilizando, sobretudo, ingredientes naturais, produção artesanal e cuidados mútuos. 

Histórico

A Semana Sem Petróleo foi criada em 2017 em Vitória (ES), a partir das organizações que compõem a Campanha Nem Um Poço a Mais, que questiona a expansão petroleira inconsequente no Brasil diante de um planeta que vê crescerem as ameaças da consequência da mudanças climáticas.

Nas edições anteriores, aconteceram atividades presenciais no Estado do Espírito Santo, tanto na capital Vitória como em comunidades do interior e do litoral que são impactadas direta ou indiretamente pela exploração de petróleo.

SERVIÇO:

IV Semana Sem Petróleo ON LINE

1º a 7 de Setembro 2020

Acesse a programação completa e participe das atividades:

Site: www.areaslivresdepetroleo.wordpress.com

E-mail: [email protected]

Redes sociais:  https://www.facebook.com/semanasempetroleo  

https://www.instagram.com/campanhanemumpocoamais

Enviada para Combate Racismo Ambiental por João Pedro Netto.

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