Em nove meses, as queimadas no Pantanal consumiram quase 3,3 milhões de hectares de vegetação, uma área correspondente a 22% de todo o território do bioma, segundo dados do INPE. O ritmo de devastação impressiona: como destacado pela Folha, na última semana, as chamas percorreram 516 mil hectares, com uma média diária de 73,7 mil hectares incinerados – uma área comparável à do município de Salvador queimando a cada 24 horas.
Com a persistência do clima seco e as altas temperaturas que vêm sendo registradas em boa parte do Brasil, decorrente de uma forte onda de calor, o fogo se disseminou em outros biomas nos últimos dias. Na Chapada dos Veadeiros (GO), as chamas já queimaram 60 mil hectares de Cerrado. De acordo com O Globo, a Polícia Civil goiana investiga se os focos de incêndio na região tiveram origem criminosa. Já no interior de São Paulo, que também sofre com o calor forte, produtores de café contabilizam os prejuízos desta safra, prejudicada também pela escassez de chuvas neste ano. Reuters deu mais detalhes sobre essa situação.
O avanço do fogo no Pantanal também foi manchete em G1 e O Globo. Já no exterior, o espanhol La Vanguardia abordou a crise das queimadas no Brasil e a política ambiental desastrosa do governo Bolsonaro.
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Combate às chamas no Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso. Foto: Vinícius Mendonça/Ibama.
