Pedro Calvi / CDHM
A denúncia foi feita ao presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM, Helder Salomão (PT/ES, pelo Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana.
De acordo com o relato, o presidente do sindicato, Aldo Lima da Silva, estaria sofrendo ameaças de morte e intimidação. Há poucos dias, uma assembleia da categoria decidiu por uma greve geral prevista para esta terça-feira (24). Logo após a decisão, Aldo teria recebido ameaças de morte no Facebook, com a frase “cuidado, se ônibus parar vai levar bala”. A greve, porém, foi cancelada após acordo entre rodoviários e empresários.
O Sindicato informou que no último dia 19, quando saía do Sindicato, o carro de Aldo teria sido fechado por outro veículo cujo condutor “agiu de maneira ameaçadora”. O caso foi registrado da polícia civil.
De acordo com o Sindicato, as ameaças teriam como objetivo intimidar os atos políticos do sindicalista, cercear direitos à manifestação, à liberdade de expressão e de participação política. Todos garantidos pela Constituição da República, pelo Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos e pela Convenção Americana de Direitos Humanos.
Nesta terça-feira, Helder Salomão pediu urgência e rigor na apuração do caso, além da identificação do perfil dos envolvidos nas redes sociais e a adoção de medidas criminais.
O documento foi enviado para Paulo Câmara, governador do Estado de Pernambuco; Antônio Vieira Cavalcanti, secretário estadual de Defesa Social; Pedro Barros e Silva, secretário de Justiça e Direitos Humanos e Francisco Barros, procurador-geral de Justiça de Pernambuco.
“Essas atitudes fazem parte do grave quadro de intolerância política que vivemos, a ponto de colocar em risco a vida e integridade física de uma liderança sindical com atuação em prol dos direitos de trabalhadores rodoviários”, ressalta o presidente da CDHM.
—
Foto: Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana / Aldo Lima da Silva