Proteção territorial dos povos indígenas isolados é tema da live do Cimi

Esta é a segunda roda de conversa on-line, de uma série de três, realizada pelo Cimi em parceria com a Ufam

Cimi

A importância de proteger os territórios dos povos indígenas isolados é o foco da roda de conversa on-line que o Cimi realiza nesta sexta-feira (27), às 10h, via Facebook e YouTube. O encontro pretende expor as ameaças à segurança dos povos livres diante da retomada da antiga política de “pacificação” e “contato forçado”, historicamente implementada pelo Estado brasileiro.

Na avaliação do antropólogo Lino João, que participa do debate, o atual governo tem retomado estas práticas do passado. “A partir da análise crítica sobre as razões políticas e institucionais do abandono da “política de proteção” esta live discutirá os resultados duvidosos desta abordagem no que diz respeito à proteção e segurança dos povos indígenas isolados”, ressalta o professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

De acordo com o relatório Violência contra os Povos Indígenas no Brasil, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), existem 116 registros de povos isolados ou livres, dos quais 88 ainda não foram confirmados pelo Estado brasileiro – o que de maneira nenhuma descarta a sua existência. Com a Constituição Federal de 1988, o Brasil institucionalizou a política de não contato e de respeito à autonomia destes povos, em consonância com diretrizes internacionais de direitos humanos. Garantir estes direitos, contudo, é um desafio constante.

Confira nossos expositores:
– Antônio Wilson Guajajara – “Guardião da Floresta”, Terra Indígena Caru
– Felício Pontes (MPF – 6ª. Câmara)
– Txay Suruí – Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira
Debatedor: Lino João – indigenista-antropólogo do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Amazonas
Mediador: Luís Ventura Cimi/Eixo povos indígenas da Repam

Assista aqui: 

Aprofundar o debate
Esta é a segunda live, de uma série de três, realizada pelo Cimi em parceria com a Ufam. O objetivo é desenvolver uma abordagem informativa e propositiva, centrando a análise sobre a situação dos povos em isolamento voluntários localizados na América do Sul, principalmente na Amazônia.

A próxima live refletirá sobre a presença de povos indígenas isolados em diferentes áreas de fronteiras nacionais, analisando situações críticas que demandam medidas binacionais urgentes para proteção transfronteiriça, em particular sobre a importância dos chamados “corredores transfronteiriços”, concebidos como áreas de resguardo e proteção para os povos livres. Você pode assistir à primeira live aqui.

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