Extrativismo é violência contra a mulher

Lideranças femininas da Argentina, Brasil, Colômbia e Peru gravam série de vídeos para mostrar sua luta contra os impactos do extrativismo em seus corpos e territórios

Por Água para os povos

O extrativismo irrompeu como um terremoto nos territórios de comunidades ancestrais na Argentina, Brasil, Colômbia e Peru. A expansão das diferentes atividades extrativistas destruiu o equilíbrio desses territórios, enfraqueceu suas culturas, destruiu o meio ambiente e pisoteou seus direitos. Em meio a isso, surgiu uma resistência dentro das comunidades que lutam pela defesa de seus territórios. As mulheres, que foram afetadas por estes impactos de maneira mais acentuada, foram chamadas em muitas ocasiões a liderar esta luta.

A fim de dar a conhecer os impactos que sofrem e as lutas que enfrentam, lideranças femininas dos quatro países envolvidos na campanha internacional Água para os Povos! produzirão uma série de quatro vídeos nos quais descreverão como viveram a chegada do extrativismo em seus territórios, como ele as afetou e com o que sonham para suas comunidades no futuro.

Os vídeos serão lançados oficialmente no site e redes sociais da campanha no dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Apesar das diferenças nos impactos e lutas que experimentam devido ao extrativismo em seus corpos e territórios, as lideranças que participam desta série de vídeos têm uma verdade em comum:

#ExtrativismoÉViolênciaContraMulheres

Sobre a campanha Água para os Povos!

A campanha internacional “Água para os Povos! Transnacionais: respeitem nossos direitos” é uma iniciativa de informação protagonizada por povos originários, tradicionais e camponeses da Argentina, Brasil, Colômbia e Peru, cujos direitos à água, saúde e protesto foram seriamente afetados pelas empresas transnacionais de mineração e siderurgia.

“Água para os Povos” procura denunciar as violações cometidas e também sua autoria, nomeando e responsabilizando as empresas que contaminam, destroem e monopolizam a água.

A campanha internacional também comunica e procura fortalecer as estratégias de criação de resistência e bem viver implementadas por povos originários, tradicionais e camponeses em defesa de seu direito à água, à terra, ao território e à vida.

Em cada um dos quatro países onde a campanha está sendo realizada, entidades locais apoiam as iniciativas das comunidades que são protagonistas da ação internacional: Bienaventurados los Pobres, na Argentina, Justiça nos Trilhos, no Brasil, Pensamiento y Acción Social, na Colômbia, e CooperAcción, no Peru.

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