Em evento paralelo ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, organizações propõe para quarta-feira (17) diálogo sobre intolerância, fundamentalismos e exclusão

Com participação de líderes religiosos e pesquisadoras, o evento ocorrerá nesta quarta (17) em um diálogo sobre fundamentalismos, violências e estratégias que ameaçam as democracias

No Cimi

Acontecerá nesta quarta-feira (17), às 10h de Brasília, o debate “Intolerância Religiosa no Brasil: Direitos Humanos – Novos Fundamentalismos – Exclusão”. A iniciativa, que será realizada como Evento Paralelo à 46ª sessão ordinária de Direitos Humanos das Nações Unidas, analisará os impactos das agendas fundamentalistas na vida das mulheres, povos originários e comunidades tradicionais.

Organizações religiosas e de direitos humanos são proponentes desta ação, que também tem como objetivo ouvir experts das Nações Unidas sobre liberdade religiosa, os acordos internacionais aplicáveis em matéria de intolerância religiosa e os caminhos práticos para superá-los. “Em um dos momentos mais difíceis de sua história recente, a intolerância religiosa é um dos fatores que contribuem para o aprofundamento das desigualdades”, sustenta a nota conceitual do evento assinado por dezesseis organizações. “Os fundamentalismos são resultado de uma estratégia que ameaça e busca controlar as democracias. Esse padrão de ação afeta diretamente o exercício dos defensores dos direitos, desafia as respostas desenvolvidas pelas organizações de direitos humanos e reduz o ambiente ou o espaço propício para a ação da sociedade civil organizada na região”, recorda o texto.

Os organizadores propõem a iniciativa para identificar as interconexões entre os diferentes fundamentalismos, para a articulação e formação de alianças estratégicas entre diferentes grupos e movimentos. Compreende-se que os fundamentalismos resultam de estratégias que ameaçam e buscam controlar as democracias, afetando diretamente a defesa e ampliação dos direitos humanos, econômicos, sociais, ambientais e culturais. Os fundamentalismos desafiam as respostas desenvolvidas por organizações de direitos humanos e reduzem o espaço de participação da sociedade civil organizada.

O evento terá traduções simultâneas Inglês/Português/Inglês e será transmitido pelas redes sociais das organizações proponentes, o que possibilitará aos internautas acompanhar o debate, comentar e enviar perguntas aos palestrantes. 

Composição da mesa de diálogo 

Ahmed Shaheed, relator Especial das Nações Unidas sobre Liberdade de Religião ou Crença; (a confirmar)

Adelaide Lopes, Ñandesy Kaiowá (Pajé) membra da Aty Guasu Kaiowá e Guarani no Mato Grosso do Sul e do movimento de mulheres indígenas; 

Wania Sant’Anna, historiadora, membro da Coalizão Negra por Direitos, com pesquisas no campo das relações de gênero e relações étnico/raciais. Ex-Secretária de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro e atualmente vice-presidente do Conselho do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE);  

Magali do Nascimento Cunha, doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo, coordenadora do Grupo de Pesquisa Comunicação e Religião da INTERCOM (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação). Coordenou a pesquisa Fundamentalismos, crise da democracia e ameaça aos direitos humanos na América do Sul;

Romi Márcia Bencke, pastora, bacharel em Teologia pelas Faculdades EST, mestre em Ciência da Religião pela Universidade Federal de Juiz de Fora, secretária geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC). 

A mediação será realizada por Paulo Lugon, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). O evento será transmitido pelas redes sociais das organizações proponentes, o que possibilitará aos internautas acompanhar o debate, comentar e enviar perguntas aos palestrantes. A Pa. Dra. Elaine Neuenfeldt, do Programa Global de Justiça de Gênero da Aliança ACT, e a Irmã Lúcia Gianesini, vice-presidente do Cimi, farão a abertura do evento.

Organizações proponentes

Conselho Indigenista Missionário – Cimi

Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil – Conic

Articulação para o Monitoramento dos Direitos Humanos no Brasil – AMDH

Movimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH

Coalizão Negra por Direitos

Fórum Ecumênico ACT Brasil – FE ACT Brasil

ACT Alliance

Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – Ibase

Fundação Luterana de Diaconia – FLD

Sinfrajupe – Serviço Inter-Franciscano de Justiça, Paz e Ecologia

Coordenadoria Ecumênica de Serviço – CESE

Processo de Articulação e Diálogo Internacional – PAD

KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço

Red Latinoamericana Iglesias y Minería – IyM

DIACONIA

Misereor

Serviços

O quê: Debater intolerância religiosa, direitos humanos, novos fundamentalismos e exclusão 

Quando:  Quarta-feira, 17 de março, às 10h (horário de Brasília). Durante a 46º sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas

Quem: Organizações proponentes do evento

Por onde acompanhar: Pelas redes sociais das organizações proponentes

Tradução: evento terá traduções simultâneas Inglês/Português/Inglês

Arte: Ateliê 15

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