CPT Goiás denuncia ameaça de despejo arbitrário de 45 famílias no município de Piranhas

A CPT regional Goiás manifesta repúdio a mais uma tentativa de despejo, em plena crise sanitária. Em Nota Pública, a entidade apela “às autoridades para que garantam o direito de permanência das famílias na terra. Ainda vivemos em meio à pandemia de COVID e, mais do que nunca, somos chamados a colocar o cuidado com a vida e a saúde de nossa população em primeiro lugar”. Confira o documento na íntegra:

CPT

Manifestamos nosso apoio à comunidade do Assentamento Popular Chê (Piranhas/GO), ameaçada de despejo por liminar do juiz da comarca local deferida último dia 11 de setembro. Trata-se de uma situação em que o governo federal chegou a pagar 40% do valor da fazenda e depois simplesmente retrocedeu de sua responsabilidade com as famílias no meio do processo de desapropriação pelo qual passa o território desde 2015.

A reintegração de posse desconsidera, não apenas o direito de quem vive e produz na terra, mas também a situação de vulnerabilidade vivida pela comunidade, por isso repudiamos a ação do governo federal e a decisão que permite o despejo das famílias.

Apelamos às autoridades para que garantam o direito de permanência das famílias na terra. Ainda vivemos em meio à pandemia de COVID e, mais do que nunca, somos chamados a colocar o cuidado com a vida e a saúde de nossa população em primeiro lugar.

É necessário, assim, reverter a decisão da liminar de reintegração de posse deferida pela Vara Cível de Piranhas, anulando o mandado de despejo e garantindo que as famílias possam permanecer em suas casas, em segurança.

Goiás, 22 de setembro de 2021.

Comissão Pastoral da Terra Regional Goiás

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