Ação que pede segurança para jornalistas que cobrem a rotina de Bolsonaro irá direto ao Plenário do STF

O relator, ministro Dias Toffoli, requereu informações e manifestação de autoridades, de forma a viabilizar a análise definitiva da ação.

Em razão da relevância da matéria, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu submeter a julgamento definitivo, sem prévia análise de liminar, a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 897, em que a Rede Sustentabilidade pede que a Presidência da República garanta os meios necessários para assegurar o livre exercício da imprensa e a integridade física de jornalistas que fazem a cobertura dos atos do presidente Jair Bolsonaro.

Com base na legislação, o ministro requereu informações da Presidência da República, a serem prestadas no prazo de 10 dias. Em seguida, devem se manifestar, sucessivamente, a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), no prazo de cinco dias para cada órgão.

Condutas violentas

Segundo a Rede, Bolsonaro teria, em diversas ocasiões, manifestado desprezo pela liberdade de imprensa, “ao ameaçar fisicamente, constranger, difamar, inviabilizar a segurança no exercício da atividade jornalística e incentivar comportamento violento contra os profissionais da imprensa”. Esse comportamento seria incompatível com o exercício do cargo de chefe de Estado e chefe de Governo e incentivaria condutas violentas contra a imprensa por seus apoiadores, que estariam repetindo seus ataques.

Entre outros pedidos, a Rede requer que seja determinado à Presidência da República que apresente um plano de segurança para garantir a integridade física dos profissionais da imprensa que acompanham a rotina presidencial.

Leia a íntegra da decisão.

SP/AD//CF

Jornalistas foram ameaçados e agredidos por seguranças de Bolsonaro durante a realização do G20, em Roma. Foto: reprodução de vídeo

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.

7 − 6 =