Em meio à polêmica causada pelo desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips na Amazônia, a direção da FUNAI anunciou nesta 4ª feira (8/6) a exoneração de César Martinez, que chefiava a área de proteção territorial do órgão. Delegado da Polícia Federal, Martinez tinha como responsabilidade comandar os trabalhos de acompanhamento e proteção de indígenas isolados, além da retirada de invasores das reservas. Em seu lugar, assume Elisabete Ribeiro Alcântara Lopes, que era assessora da presidência da FUNAI. Questionada, a fundação refutou que a troca tenha sido feita por causa da situação no Vale do Javari e que o pedido de exoneração foi do próprio Martinez no começo de maio. g1, O Globo e UOL, entre outros deram a notícia.
Por falar em Terras Indígenas, o g1 repercutiu o pedido do Ministério Público Federal (MPF) para expulsar grupos não indígenas que estão dentro da Terra Krikati, no Maranhão. De acordo com os procuradores, a área está demarcada e homologada desde 2004, por decreto presidencial, mas os antigos moradores, que não são indígenas, continuam na área, gerando conflito com as comunidades nativas. O MPF também apontou registros de desmatamento e construção de cercas dentro da Terra Indígena, além da retirada dos marcos que delimitam a Unidade, pelos não indígenas.
Em tempo: Junto com o aperto orçamentário, órgãos ambientais federais como IBAMA e ICMBio vêm sofrendo também com a precarização de sua mão-de-obra. Em 2013, o número de funcionários permanentes do IBAMA representava quase 90% do total de pessoas a serviço dele; hoje, esse número é de apenas 56%, pouco mais da metade do total de servidores. De acordo com uma análise da República.org, citada pela Folha, o total de servidores temporários nas autarquias ambientais cresceu 564% desde o começo do atual governo.