Abrasco na imprensa: confira entrevistas do GT Racismo e Saúde

 Hara Flaeschen, na Abrasco

“No campo da saúde, o racismo de base institucional aparece situado dialeticamente entre a insuficiência sentida na invisibilidade institucional e o excesso materializado na discriminação racial”: a declaração é de Diana Anunciação, vice-presidente da Abrasco e integrante do GT Racismo e Saúde da entidade, em entrevista ao Brasil de Fato.

A professora do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) concedeu uma entrevista sobre os impactos do racismo na saúde da população brasileira, publicada no início de julho. Ela pontuou que é o racismo deve ser considerado determinante  social de saúde no diagnóstico, tratamento e prognóstico das pessoas – já que é fator adoecedor para a população negra. Leia a matéria completa.

Para a Rádio Brasil de Fato Bahia, a pesquisadora Edna Araújo, também do GT Racismo e Saúde, comentou dados sobre a fome  e a desnutrição  infantil, divulgados pelo  segundo Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Covid-19 no Brasil. 

“É um quadro de perda de peso, aumento da irritabilidade, prejuízo no rendimento escolar, além de déficit no crescimento. Consideramos fome qualquer quadro de insegurança alimentar – significa o  não asseguramento ao direito humano à alimentação”, disse Edna, que é professora da UEFS. Ouça a reportagem. 

Já Hilton Silva, professor da Universidade Federal do Pará e coordenador do GT Racismo e Saúde/Abrasco, contribuiu com o Alma Preta, sobre o agravamento da pandemia de doenças que afetam mais a população negra – como as cardiovasculares.  Hilton destacou que o primeiro passo é encarar o racismo. 

“Vivemos em uma sociedade historicamente racista, que discrimina as pessoas por sua aparência, sua religiosidade, seu modo de falar e de ser e que isso tem repercussões na sua qualidade de vida. O reconhecimento do racismo estrutural, a implementação de políticas públicas antirracistas e a mobilização social contra todas as formas de discriminação são medidas fundamentais para a garantia de saúde para a população”. Leia mais. 

Ao longo do mês de Julho, acontecerá a Mobilização Pró-Saúde da População Negra, em meio às celebrações do Dia da Mulher Negra da América Latina e Caribenha, a ser celebrado em 25 de julho. A Abrasco se soma à agenda política, e promove o Esquenta Abrascão “Saúde da População Negra: Caminhos para o enfrentamento do racismo na Saúde Coletiva“, dia 28. 

Foto: Júlio César Almeida / Abrasco

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