Pesquisadores dão mais um passo na elaboração de Protocolo de Atendimento a indígenas expostos a mercúrio

Por Barbara Souza, Informe Ensp

Pesquisadores, professores, ativistas, profissionais de saúde e pós-graduandos se reuniram nos dias 22 e 23 de julho para desenvolver um Manual de Recomendações para guiar o atendimento a indígenas expostos o mercúrio. Inserida no projeto “Impacto do Mercúrio em Áreas Protegidas e Povos da Floresta na Amazônia: Uma abordagem integrada Saúde e Ambiente”, a atividade teve coordenação geral da pesquisadora Ana Claudia Santiago de Vasconcellos, da Escola Politécnica em Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), e coordenação adjunta de Paulo Cesar Basta, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz). A iniciativa teve apoio financeiro do Edital Inova Fiocruz, da VPAAPS, via projeto “Contribuição para o desenvolvimento de estartégias para o fortalecimento do SasiSUS, considerando vulnerabilidades emergentes e reemergentes em saúde” e da Chamada Pública 21/2023 do CNPq “Estudos Transdisciplinares em Saúde Coletiva”. (mais…)

Ler Mais

Política Nacional de Cuidados: um primeiro olhar

Projeto de lei do Governo Federal propõe desenho institucional de sua aguardada proposta para a área – que, por ser pioneira, tende a ser um avanço. Detalhes das ações concretas, porém, ficaram para um futuro Plano Nacional de Cuidados

por Guilherme Arruda, em Outra Saúde

No último dia 3 de julho, o Governo Federal enviou ao Congresso Nacional o projeto de lei da Política Nacional de Cuidados. Esta é uma das medidas mais aguardadas – e exigidas – pelos movimentos sociais desde a criação de um Grupo de Trabalho para desenhá-la no início do atual mandato de Lula. Por meio dela, deverá ser estruturado de forma sistemática a garantia pelo poder público do direito ao cuidado (inclusive a domicílio) para aqueles que o necessitam, em especial segmentos como os idosos, pessoas com deficiência (PCDs), crianças e adolescentes e os próprios trabalhadores do cuidado – sejam eles profissionais remunerados ou, em uma situação muito comum no país, familiares não-remunerados. (mais…)

Ler Mais

Patentes: uma barreira ao acesso à saúde

Impostas por um tratado da OMC durante a onda neoliberal dos anos 1990, elas encarecem remédios e tecnologias sanitárias e dificultam o trabalho da Saúde Pública no Sul Global. Por que não dar um basta em sua existência?

Pela Fundación GEP, da Argentina, para a coluna Saúde não é mercadoria

Nem sempre tivemos patentes sobre tecnologias de saúde. Em 1994, foi assinado o Acordo sobre os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (TRIPS, em inglês) no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC). Este acordo, ao qual todos os países membros da OMC tiveram que aderir, obrigou cada membro a adotar em seus marcos normativos padrões de propriedade intelectual que, no caso dos países em desenvolvimento, foram mais amplos do que os existentes. (mais…)

Ler Mais

Moradia e sono: a quem é permitido dormir melhor

Estudo recém-publicado revela: cidadãos de bairros segregados têm piores indicadores de sono, essencial para uma saúde digna. Medo da violência, falta de estrutura pública e de locais de convivência estão entre os motivos que fazem os mais pobres dormirem pior

por Gabriela Leite, Outra Saúde

A falta de capacidade de dormir bem, sonhar, lembrar e compartilhar está na origem de nossa crise socioambiental, defende o professor e neurocientista Sidarta Ribeiro. E embora o sono esteja escasso para pessoas de todas as origens, também há desigualdade no dormir. É o que mostra um estudo encabeçado por pesquisadores ligados ao Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde da Fiocruz. Eles buscaram descobrir se o local de moradia influencia na qualidade do sono da população. Suas análises e conclusões foram publicadas na edição mais recente da Cadernos de Saúde Pública, revista ligada à ENSP/Fiocruz, parceira editorial de Outra Saúde. (mais…)

Ler Mais

Uma radiografia inédita da Atenção Primária em Saúde

Ministério da Saúde organiza o Censo que vai inquirir as cerca de 51 mil UBS para entender seu trabalho, abrangência e necessidades. Ao dar voz aos trabalhadores, poderá revelar um retrato do SUS e oferecer dados ao governo, gestores e pesquisadores

Dirceu Klitzke em entrevista a Gabriel Brito, em Outra Saúde

Completa 30 anos o Programa Saúde da Família, uma espécie de base organizativa do SUS, em seu impulso inicial de universalização do acesso à saúde poucos anos após a promulgação da Constituição de 1988. Implantado em 1994, o programa organizou a atenção básica em todo o território brasileiro e passou por todas as vicissitudes impostas por modelos econômicos e desarranjos políticos acumulados no período. (mais…)

Ler Mais

Fernanda Giannasi: Fim definitivo do amianto no Brasil está nas mãos do STF

Por Fernanda Giannasi*, no Viomundo

Em 14 de agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) retomará o julgamento da lei 20.514/2019, de Goiás, que permite a exploração do amianto para fins de ‘’exportação’’. A nossa expectativa é que o STF ponha um fim definitivo à mineração do mineral cancerígeno no Brasil. Até porque, agora, os ministros da Corte têm um caminhão com 47 toneladas de amianto no meio do caminho.

— Mas o amianto já não foi banido em 2017?! – algum leitor talvez questione. (mais…)

Ler Mais

Saúde privada: poder, captura e rédea solta

Sete Irmãs dominam a medicina de negócios no Brasil. Quem são. Como estão presentes na teia que controla a economia do país – e quais seus laços com fundos e corporações globais. Por que o Estado precisa reduzir drasticamente seu poder

Por Eduardo M. Rodrigues e Ladislau Dowbor, em Outra Saúde

“Não é nada pessoal, são apenas negócios”. Essa frase contribui para sintetizar a ideia central do artigo: uma análise da estrutura e da dinâmica, sob o ponto de vista do controle acionário em rede, dos principais grupos de saúde privada que atuam em território brasileiro. A dimensão e a capacidade estratégica desse setor econômico resultam de um comportamento empresarial onde os negócios em si, e os interesses específicos de seus proprietários, são o ponto central. Eufemisticamente chamados de “saúde suplementar”, transformaram-se justamente no inverso, isto é, a saúde privada converteu-se em campo hegemônico no país. (mais…)

Ler Mais